Radiografia do Coronavírus em Alegrete: incidência por bairro, sexo e faixa etária

No Brasil, até o momento, são quase dois milhões de casos confirmados, além de cerca de 80 mil mortes pelo novo coronavírus. O Brasil sofre diariamente com os efeitos causados pela pandemia da Covid-19 e, em Alegrete, não é diferente.

Uma luta contra um inimigo invisível, que ainda se sabe muito pouco. No entanto, já sabemos de sua letalidade. Por isso, os profissionais da saúde têm se dedicados ao máximo para encontrar formas de combater essa doença. Ainda não há nenhum medicamento, tampouco vacina que possa ser comprovadamente eficaz contra o vírus.

Devido ao alto poder de contágio do vírus e a gravidade do quadro clínico em parcela dos pacientes infectados, a doença tem causado enorme pressão nos sistemas de saúde e nos profissionais que atuam na área.

Com a divulgação do Painel Covid-19, o mapeamento e a evolução da Covid no município pela Prefeitura Municipal de Alegrete, é possível compreender qual a idade das pessoas infectadas pela doença, os bairros com maior número de casos e o sexo das pessoas contaminadas.

Até o momento, a faixa etária entre 35 e 39 anos é a mais atingida com 15 casos confirmados do novo coronavírus. Em segundo lugar, vem entre 40 e 44 anos com 13 casos positivos. Entre os idosos, a contaminação ficou evidenciada entre 60 e 64 anos. Nesse grupo, a letalidade é maior. No entanto, todos os óbitos em Alegrete foram em pacientes que já apresentavam outras comorbidades.

Já em relação às crianças, há 5 casos confirmados. De todos os dados, é possível identificar que o sexo feminino apresenta o maior número de casos positivos. As mulheres representam mais de 53% dos casos contra 46% de homens.

Segundo o último boletim epidemiológico, 1.575 pessoas foram testadas, 92% com resultados negativos, 1,7% positivos ativos e cerca de 5,5% de pacientes recuperados.

Com o mapa, também, foi possível verificar que a região central é responsável pelo maior número de contaminados até então, mais de 20 casos positivos. Na sequência, vem a região da Cidade Alta com cerca de 18 e em terceiro lugar o bairro Prado. Além do bairro Vera Cruz, Vila Nova e Ibirapuitã que também aparecem com cerca de 4 casos.

Estudos feitos por entidades renomadas, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, país que foi o epicentro da doença, apontam que a letalidade pelo coronavírus progride conforme a faixa etária, atingindo diretamente os mais idosos. A taxa de mortalidade aumenta, progressivamente, de acordo com a idade dos pacientes, ficando mais preocupante em pessoas acima dos 70 anos e mais crítica nos idosos com mais de 80.

O coronavírus costuma vitimar pessoas que tenham moléstias, como diabetes (quem tem a doença corre 8,1 vezes mais risco de morrer em relação a uma pessoa sem problemas crônicos de saúde), hipertensão (6,7 vezes), doenças cardiovasculares (11,7) e doenças respiratórias crônicas (7).

Em razão dessas características já identificadas entre as vítimas do coronavírus, acende-se o alerta de que a prioridade no atendimento de saúde deve ser dada para os mais velhos e para pessoas que já apresentam doenças associadas, pois essas têm mais riscos de complicações e morte.

No Brasil são mais de 2.012.150 casos confirmados e 76.680 óbitos. Com um número superior de 1.296.320 recuperados conforme boletim de ontem a noite. No link abaixo, os dados atualizados.

https://covid.saude.gov.br/