Nesta terça-feira, dia 21 de julho, a Direção da Santa Casa se reuniu novamente com a imprensa e lideranças de Alegrete para dar andamento a mobilização para ajudar o Hospital.
A reunião foi conduzida por Milton Araújo. Uma comissão já trabalha para encaminhar a questão.
Já sabendo do contrato que vai assinar nesta quarta-feira 22, da contratualização da saúde, em que o corte é de R$ 4 milhões, ou seja, R$ 330 mil reais a menos por mês, a Santa Casa prepara-se para tempos mais difíceis.
“Se agora com R$ 280 mil/mês a menos já está sendo um grande problema, imaginem com R$ 350 mil a menos nos próximos meses”, comentou o diretor João Alberto Pereira.
O foco da pressão, conforme o médico deve ser no Governo para tentar, na base da força política, a revisão dos contratos,ponderou. João Alberto alertou que com este valor a menos o hospital não terá como cobrir seus gastos e haverá pacientes que não serão hospitalizados e poderão morrer,asseverou. Ele citou o caso de um paciente com isquemia que estava na UPA, nesta terça-feira e não havia vaga no hospital, “e aí o que fazer”, questionou.
A Santa Casa fez dia 21 de julho um empréstimo de R$ 70 mil e ele será descontado do que entrar da conta do Ipê e isso compromete a receita. A Santa Casa ainda deve a folha dos médicos que é de R$ 380 mil. Em contrapartida,os funcionários foram pagos.
Mas é claro que se entrar um pouco fruto da colaboração da comunidade e de empresas, minimiza a situação. O que mais é que está sendo discutido é como arrecadar, e nas várias alternativas estão sendo pensadas, desde a busca de apoio junto à Fundação Banco do Brasil, Fundação Corsan, dam AES Sul, o troco solidário, o troco amigo, como sugeriu o jornalista Nilson Gomes. O grupo ainda vai tentar auxílio do que é arrecadado do Estacionamento Rotativo. Eles vão buscar até a orientação de um técnico do SEBRAE para um melhor encaminhamento.
Há consciência de que a ajuda que for dada vai resolver no primeiro mês, no segundo e talvez no terceiro, mas que não será permanente, por isso pressionar o governo para revisar valores dos repasses é importante.
Milton Araújo disse que é preciso sentir a manifestação da comunidade, ao mesmo tempo que defende um planejamento a médico e longo prazo.
A Associação dos Arrozeiros apoia o movimento, confirmou Cintia Fragoso. Pedro Píffero, do Sindicato Rural, é a favor de que alguém seja contratado para um trabalho de orientações e Rodrigo Balsemão colocou sua agência de publicidade à disposição para atuar no planejamento das ações.
Fotos: Alair Almeida