
Este documento foi resultado de minucioso trabalho de pesquisa, análise dos acervos, situação das edificações, assim como apontamento de soluções a curto, médio e longo prazo.
A contratação da empresa foi feita pela Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Prefeitura, viabilizada através de emenda parlamentar Impositiva do vereador João Monteiro.
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Estavam presentes o vice-prefeito e prefeito eleito Jesse Trindade; o secretário de Educação e Cultura, Rodrigo Guterres; o vereador João Monteiro e os vereadores eleitos Paulo Berquó e José Rubens Rosa Pillar; o diretor geral da SEC, Marco Antônio Saldanha; a diretora de Cultura, Vanessa Peres; a diretora do Museu do Gaúcho, Andréa Marconato; o historiador Anderson Corrêa (ex-diretor do Museu Oswaldo Aranha), o vice-presidente do Centro Empresarial, Nilson Gomes; o presidente da Fundação Educacional de Alegrete, Quirino Carvalho; assim como os secretários municipais José Lúcio Faraco (Administração), Érica Vargas (Planejamento), e Fernando Lucas (Desenvolvimento Econômico e Turismo).


Diagnósticos
Quanto aos três museus avaliados, o Museu do Gaúcho é o que encontra-se em melhores condições, com programação ativa, embora careça de maior efetivo e reformas estruturais.
O Museu de Arte teve seu acervo realocado para outro espaço, com a constatação de vazamentos e precariedade total das instalações.
Há um consenso geral de que uma força-tarefa precisa urgentemente iniciar a recuperação do Museu, buscar de financiamentos, reconstruir a relação entre Prefeitura e Fundação Educacional de Alegrete, contratar empresa qualificada para execução das obras e designação de funcionários que recuperem e mantenham a vitalidade da Casa.
O Museu Oswaldo Aranha, embora em situação também delicada, está em condições melhores. Acervo conservado e obras estruturais que possibilitaram a reabertura do museu.
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No diagnóstico, as profissionais apontaram diversos erros nas reformas feitas nos diferentes museus, que descaracterizaram prédios tombados pelo IPHAN ou mesmo pelo estado.
Também constam no documento a falta de profissionais técnicos e outros em desvio de função, lotados nas casas de memória mas prestando serviços em outros espaços.
O prefeito eleito garantiu que todas as falhas serão corrigidas. Jesse Trindade reconhece que ao longo dos anos as edificações foram se deteriorando e questões jurídicas (como o comodato com a Fundação Educacional) não tiveram resposta imediata.
Ele elogiou o trabalho das profissionais contratadas, reconheceu a importância da iniciativa do vereador João Monteiro, destacou o trabalho da atual equipe da Secel, sob direção do secretário Rodrigo Guterres, e firmou compromisso com os ativistas e gestores culturais de que juntos poderão todos construir um novo tempo.
O vereador João Monteiro fez uma fala crítica à inércia por anos diante de situações que eram públicas da decadência e precarização nos museus. Reiterou que confia num novo rumo.
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O vereador eleito Paulo Berquó exaltou o diagnóstico da empresa contratada, porque transcende ao debate político. “Todos os envolvidos com a cena cultural em Alegrete sabem da situação dos museus”. Para Berquó, entretanto, o diagnóstico, assim como os encaminhamentos sugeridos, são essencialmente técnicos. “Agora é arregaçar as mangas e trabalhar, basta vontade política para reconstruir esses importantes espaços”.
O historiador Anderson Corrêa pontuou sua fala no que tange à ilegalidade de diversas situações. Pediu que o prefeito eleito se detenha nas leis que regem a existência e o funcionamento dos museus.