Pessoas com crianças nos carros passaram horas paradas na estrada, enquanto outras temiam assaltos e arrastões
Motoristas que ficaram parados em meio ao congestionamento causado peloprotesto de moradores na BR-290, neste sábado, viveram momentos de angústia e de medo. Muitos deles relataram o temor de assaltos ou arrastõesenquanto aguardavam que o trânsito fosse liberado.
O publicitário Rodrigo Jobim, de 40 anos, retornava com os filhos de Porto Alegre para Guaíba quando os moradores iniciaram o bloqueio na pista. Logo após a ponte do Guaíba, ele foi obrigado a parar o carro, por volta das 18h10min. Segundo ele, algumas pessoas passavam de veículo em veículo cobrando uma espécie de pedágio para liberar a passagem.
— As duas pistas já estavam bloqueadas mas algumas pessoas começaram a pedir valores em dinheiro aos motoristas. Se alguém negava, eles chutavam os carros. Eu mesmo disse que não daria dinheiro e bateram no meu capô. Tem gente que se aproveita — afirmou.
Rodrigo Mendes, um dos manifestantes, relatou por telefone que nenhum dos moradores hostilizou motoristas, pois o objetivo do protesto era exigir o retorno da luz e da água às residências da região:
— Estamos aqui para reivindicar nossos direitos. Esperamos que a situação se resolva.
Já o comerciante Fabio Andreas Griebeler, de 37 anos, ficou trancado no congestionamento ainda na altura do DC Navegantes, em Porto Alegre, enquanto tentava seguir para Guaíba. No carro estavam ele, a mulher a filha de 8 anos e o filho de 1 ano e 4 meses. Parado desde as 19h30min no mesmo lugar, o casal tentava acalmar o bebê, que começava a reclamar de fome.
— Saímos desprevenidos, sem a mamadeira dele, pois a viagem até Guaíba geralmente não leva uma hora. Quando ele começou a chorar, saí do carro para tentar encontrar algum bar em que pudesse comprar leite — disse.
Angustiado, Fabio não encontrava nenhum estabelecimento que vendesse o alimento. Enquanto isso, outros motoristas também deixavam seus veículos em busca de água ou de mais alguma informação sobre o que acontecia mais adiante.
— Foi aí que uma menina viu meu desespero e disse que buscaria leite na casa dela, que fica à beira da rodovia. Foi a nossa salvação — contou Griebeler.
O bloqueio na BR-290 durou cinco horas neste sábado. Moradores das Ilhas do Pavão e dos Marinheiros que relatavam estar sem luz e sem água exigiam que o serviço fosse restabelecido. Por volta das 22h30min, após a chegada de um caminhão da CEEE, as pistas foram liberadas. Por volta das 2h, a energia elétrica foi restabelecida e os manifestantes que ainda seguiam no acostamento da rodovia deixaram o local.
Leitores registram congestionamento na BR-290:
O publicitário Rodrigo Jobim, de 40 anos, retornava com os filhos de Porto Alegre para Guaíba quando os moradores iniciaram o bloqueio na pista. Logo após a ponte do Guaíba, ele foi obrigado a parar o carro, por volta das 18h10min. Segundo ele, algumas pessoas passavam de veículo em veículo cobrando uma espécie de pedágio para liberar a passagem.
— As duas pistas já estavam bloqueadas mas algumas pessoas começaram a pedir valores em dinheiro aos motoristas. Se alguém negava, eles chutavam os carros. Eu mesmo disse que não daria dinheiro e bateram no meu capô. Tem gente que se aproveita — afirmou.
Rodrigo Mendes, um dos manifestantes, relatou por telefone que nenhum dos moradores hostilizou motoristas, pois o objetivo do protesto era exigir o retorno da luz e da água às residências da região:
— Estamos aqui para reivindicar nossos direitos. Esperamos que a situação se resolva.
Já o comerciante Fabio Andreas Griebeler, de 37 anos, ficou trancado no congestionamento ainda na altura do DC Navegantes, em Porto Alegre, enquanto tentava seguir para Guaíba. No carro estavam ele, a mulher a filha de 8 anos e o filho de 1 ano e 4 meses. Parado desde as 19h30min no mesmo lugar, o casal tentava acalmar o bebê, que começava a reclamar de fome.
— Saímos desprevenidos, sem a mamadeira dele, pois a viagem até Guaíba geralmente não leva uma hora. Quando ele começou a chorar, saí do carro para tentar encontrar algum bar em que pudesse comprar leite — disse.
Angustiado, Fabio não encontrava nenhum estabelecimento que vendesse o alimento. Enquanto isso, outros motoristas também deixavam seus veículos em busca de água ou de mais alguma informação sobre o que acontecia mais adiante.
— Foi aí que uma menina viu meu desespero e disse que buscaria leite na casa dela, que fica à beira da rodovia. Foi a nossa salvação — contou Griebeler.
O bloqueio na BR-290 durou cinco horas neste sábado. Moradores das Ilhas do Pavão e dos Marinheiros que relatavam estar sem luz e sem água exigiam que o serviço fosse restabelecido. Por volta das 22h30min, após a chegada de um caminhão da CEEE, as pistas foram liberadas. Por volta das 2h, a energia elétrica foi restabelecida e os manifestantes que ainda seguiam no acostamento da rodovia deixaram o local.
Leitores registram congestionamento na BR-290:
Fonte: Zero Hora