Guri do interior de Dom Pedrito, Moacir Ilha da Fonseca, conta que desde criança gosta de carros, mas seu sonho era colecionar os modelos antigos.
-Imagina eu que fiz o primário num colégio pluri seriado, no meio da campanha, dirigindo um Karmann guia, carro xodó da década de 60 e que custava uma fortuna- três vezes mais que o popular fusca da época, conta o colecionador.
Mas antes dos carros antigos, de tanto que gostava de veículos, o militar e professor aposentado fez uma grande coleção de carros em miniatura, hoje já em quase 200 unidades.
Mas o sonho era ter o ” vermelinho da hora” e, com pouca grana, e já com mais de 50 anos comprou um fusca quatro portas 1969. Ai iniciou a coleção, em 2002, hoje com cinco carros. Um fusca quatro portas, um fusca sedan, um TL 71, o objeto do desejo, o karmann guia vermelho e a charmosa MP Lafer.
Todos foram recuperados e incrementados por seu Moacir. Painéis originais, bancos em couro. Detalhes que fazem voltar no tempo. E o mais importante é que todos funcionam. – E só virar a chave e sair rodando, brinca o experiente motorista.
Bem calmo, diz que ele e a esposa Loivenir participam de encontros e confrarias de carros antigos em todo o Estado. E já estão se programando para ir a Mello, no Uruguai, em 2015, dirigindo o TL 71. – É um hobbie fantástico, conhecemos outros modelos antigos e fizemos amizades. Adoramos viajar!
Moacir adotou Alegrete para morar e ganhou título de cidadão do “baita chão”. Aos fins de semana, sempre que pode, tira uma de suas relíquias da garagem, que fez especialmente para os carros, e dá umas voltinhas com a mulher. As placas pretas indicam que são carros de coleção.
Todo orgulhoso mostra os troféus que ganhou em encontros que participou com um de seus antigos.
Ele gosta muito de história e de cultura, e o que ela agrega às gerações. Sabe tudo sobre carros, inclusive assina revistas sobre o assunto. Por todo lado da casa tem algo que lembra que ele é um apaixonado colecionador.
Tem o quadro com todos os modelos de placas que já teve no país.
E a foto, desfocada, do primeiro motorista que fez carteira de habilitação no Brasil, um paulistano .
O desafio é que ele quer mais. E a garagem feita, especialmente, para os carangos de época já está lotada. – Não quero parar, mas tenho que pensar onde colocar mais carros, salienta ele.
Por: Vera Soares Pedroso