A morte prematura do jovem Juliano causou comoção nos familiares e amigos

A morte prematura de Juliano Jardim Rodrigues, de 18 anos, consternou a todos os amigos, conhecidos e familiares.

O domingo foi de muita comoção, na capela velatória, na Angelus da rua Doutor Lauro Dorneles. O espaço foi pequeno para centenas de pessoas que queriam prestar a última homenagem e se solidarizar com a família. Juliano era um jovem que tinha um sorriso tímido, conforme descrição de alguns amigos, mas que cativava a todos. Um filho maravilhoso, um irmão incrível e muito batalhador por tudo aquilo que desejava.

Além de aluno no IEOA, também era atleta da Escola Marítimos de Alegrete. O time e os responsáveis, Alex Pereira e Felipe Ribeiro, disseram que ele era parte da família Marítimos e que a camisa 8 não será mais usada pelo time. Juliano foi campeã em Cacequi no ano passado, assim como em Alegrete, da Copa Juvenil, com o time.

Os amigos da família estavam em choque, além de dezenas de jovens que se diziam incrédulos com o ocorrido. “Um menino que era incrível, estava feliz porque havia entrado em férias, saiu para comprar roupas, depois iria na casa da namorada. Uma mudança no percurso e essa fatalidade” – disse um amigo.

Fabiano Franco é amigo de infância de Douglas, pai de Juliano, ele esteve à margem do Rio todos os dias de buscas e no momento em que localizaram o corpo. A expressão de dor pela perda do amigo era latente. ” Quase não acreditei quando soube que era o Juliano. A família é muito unida, os pais vivem pelos filhos. É uma dor indescritível” citou.

Pelo número expressivo de jovens foi necessário um ônibus para que eles pudessem acompanhar o enterro. Juliano, conforme alguns amigos, iria servir o Exército. Ele fazia estagio de fisioterapia na Secretaria de Saúde do Município. O jovem entrou em férias um dia antes da fatalidade. “São sonhos ceifados de um jovem que era um exemplo de filho, de amigo e de ser humano. Sua bondade e seu jeito que conquistou todos, que aqui estão, jamais serão apagados de nossas memórias” – comentou uma amiga.

Juliano era filho do casal Douglas e Jozelem. Vila Nova está em luto, mesmo os moradores que não estão mais no bairro se solidarizaram. A escola Marítimos de futebol cancelou as atividades até a próxima quarta-feira.

O afogamento

O jovem desapareceu nas águas, ao tentar atravessar o Rio Ibirapuitã, a nado, na última sexta-feira(11).

Ele estava acompanhado de três amigos. Na tarde de sábado, a equipe de quatro mergulhadores fez buscas no local que ele submergiu, segundo relataram os amigos.

O jovem sumiu por volta das 15h. Ele tentou atravessar o leito do Rio, nos fundos de um campo de futebol, na Avenida Eurípedes Brasil Milano, ao lado da RGE. Conforme o trio, eles tentaram ajudá-lo quando perceberam que Juliano estava se afogando, mas não houve tempo e ele sumiu.

O corpo foi localizado na manhã de ontem(13), por volta das 22h40min, pela equipe de mergulhadores de Santa Maria e Santiago. O corpo estava submerso, cerca de 150 metros do lugar de onde teria desaparecido.

 

Flaviane Antolini Favero