Júlia Assunção de Moura Machado, 6 anos, foi encontrada morta no Arroio Cadena
Um dos crimes mais chocantes de Santa Maria deve ter um desfecho na quinta-feira(9). O homem acusado de estrangular Júlia Assunção de Moura Machado, 6 anos, e esconder seu corpo no Arroio Cadena, no bairro Carolina, em Santa Maria, em novembro de 2012, foi julgado por júri popular, às 10h, no Fórum de Santa Maria.
Na época, Carlos Renan Pinto Galvão chegou a ajudar a família a procurar a menina, que estava desaparecida. Dias depois, ele acabou confessando o crime. Em depoimento na polícia, disse que assassinou a menina porque não gostava da presença dela em sua casa, onde morava com a prima da vítima.
Galvão foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado (por motivo torpe e emprego de asfixia e ocultação de cadáver). A companheira de Galvão e prima da menina, Neridiane Rodrigues, foi indiciada por ocultação de cadáver, mas responde ao processo em liberdade. Neridiane afirmou, na época do crime, que não sabia que a menina havia ido até a residência onde o casal morava, no bairro Carolina.
O caso
Na tarde de sexta-feira, 16 de novembro de 2012, Júlia desapareceu de casa. Os vizinhos da família começaram a procurar a menina. O acusado ajudou nas buscas. Quatro horas depois, o corpo foi encontrado no Arroio Cadena, nos fundos da casa onde moravam a prima de Júlia, Neridiane, e o companheiro, Galvão. O jovem confessou que havia estrangulado a menina porque a presença dela em sua residência o incomodava. Ele ainda alegou que já havia pensado em matar a menina outras vezes.
Na segunda-feira, dia 19 de novembro, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) abriu inquérito contra o casal e começou a ouvir testemunhas. Também foi levantada a suspeita de participação de Neridiane que, posteriormente, foi indiciada por auxiliar na ocultação do corpo da menina. Na época, ela disse que só ficou sabendo do desaparecimento da prima quando a mãe da menina telefonou à procura de Júlia. Galvão teria pedido que a menina o esperasse em uma construção, nas proximidades da casa.
A polícia acredita que, entre as 17h e as 20h, Júlia ficou trancada no banheiro da residência do casal, pois um chinelo da menina foi encontrado durante a perícia. O boato de que um carro teria sido visto nas proximidades da casa dispersou as buscas e teria possibilitado que o casal ocultasse o corpo de Júlia.
Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA