Talvez nesta segunda-feira(13), às 11h da manhã, essa indagação seja respondida. Depois de mais de dois meses de interdição para o tráfego aos veículos acima de 10 toneladas, a Borges de Medeiros pode finalmente ser liberada hoje para o transporte coletivo.
Depois dos laudos da equipe de engenheiros da UNIPAMPA e de uma empresa de engenharia, especializada em avaliações submersas, não apontarem risco na estrutura da ponte, a expectativa é de que todas as exigências feitas pela justiça tenham sido atendidas. Na sexta-feira, quando o laudo subaquático que também não identificou avarias nos pilares, foi entregue ao Juiz Francisco Luis Morsch, ele anexou na Ação Civil Pública e remeteu ao Ministério Público. No mesmo dia, a promotora Júlia Flores Shutt devolveu ao magistrado com a recomendação de que fossem feitas as melhorias apontadas no laudo técnico da UNIPAMPA que sugere o recapeamento asfáltico da pista e melhorias no guarda-corpo da ponte( proteção aos pedestres). Em novo despacho do Juiz Francisco Luis Morsch, no domingo(12), ele solicitou outro laudo, desta vez, com o peso dos ônibus das empresas que operam o transporte coletivo. A Prefeitura mobilizou a Vaucher e Nogueira para que levassem suas frotas até a balança da CAAl, na BR 290. Lá, foram pesados todos os veículos. O peso variou de 9,7 a 10,3 tonelada.
A Procuradoria do Município concluiu o pormenorizado relatório da tonelagem de toda a frota e entregou à justiça. Em novo despacho, o Juiz solicitou que o documento fosse assinado por um engenheiro, o que não foi possível localizar um engenheiro no domingo.
Mas, nesta segunda-feira, as partes envolvidas na Ação Civil Pública, MP e Prefeitura, estão convocadas para uma audiência Pública para buscar um entendimento. Para o Procurador do Município, Daniel Rosso, a Administração agora cumpriu todas as exigências solicitadas e espera que nesse encontro haja uma definição favorável para a volta do transporte coletivo na ponte. Os laudos, conclusivos e idôneos não deixam dúvidas, não ha risco para o fluxo até 16 toneladas. E para as melhorias que sao basicamente duas, recapeamento e melhorias mo guarda-corpo, vamos apresentar um cronograma de execução das obras. Mas essa são questões que não afetam a integridade física da Ponte, explica Daniel Rosso.
Quanto a uma indagação recorrente que recebemos na redação do PAT, de que quando dois ou mais veículos de porte passarem simultaneamente no leito da ponte, o peso permitido vai extrapolar muitas vezes as 16 toneladas, o Procurador explica que essa interpretação não se refere ao peso total que a ponte pode suportar. Os teste feitos pelos engenheiros que usaram software de última geração, calcula essa tonelagem por metro quadrado e não na totalidade da pista. Com isso não há risco nenhum, por isso foi descartada a instalação de semáforos para disciplinar o trânsito nas entradas da ponte, tranquiliza o Procurador.