Aumento acentuado de óbitos nas últimas semanas têm reflexo na capacidade do Cemitério

Esta dramática experiência de contágio acelerado por um vírus que está muito mais letal, impôs muito mais famílias pensarem sobre o luto, seus rituais e a importância em suas vidas. Com um único Cemitério Municipal em Alegrete, com a crescente demanda em razão dos óbitos nos últimos meses, a reportagem conversou com o Secretário de Infraestrutura, Mário Rivelino, para saber sobre a situação atual e se teria alguma possibilidade de ocorrer um colapso no cemitério. Se fala em colapso na saúde, nos hospitais, nos necrotérios e nas funerárias, em vários estados e cidades, mas aqui, embora o crescimento nestes últimos dias, Mário Rivelino acredita que isso não irá acontecer. Ele disse que as campas disponíveis são poucas, mas estão regularizando todas as vencidas de 2013 e 2015. Desta forma,  estão desafogando momentaneamente. “Estamos trabalhando muito para evitar que ocorra algum transtorno. Precisamos também ter fé que isso não vai acontecer, embora essa grande demanda dos últimos dias” – comentou.

 

Em um comparativo entre janeiro e fevereiro, os sepultamentos foram: 2020 – 59 em janeiro e 104 em fevereiro. Já neste ano, foram 71 em janeiro, sendo 09 Covid e 79 em fevereiro, destes 17 Covid. Entretanto, neste mês de março, somente em decorrência do novo coronavírus, em 20 dias, foram 65 sepultamentos. As funerárias estão com bastante volume de trabalho, mas há suporte. Essa é a situação neste período, mas todas estão com uma grande demanda.

Flaviane Antolini Favero