Bebê de 10 meses é morto em Erechim; padrasto é preso

Laudo preliminar da perícia apontou asfixia como causa da morte. Suspeito negou autoria do crime.

Um bebê de 10 meses foi morto na noite de quarta-feira (27), em Erechim, na Região Norte do estado. Segundo a Polícia Civil, o padrasto, de 42 anos, é o principal suspeito do crime. Ele foi preso na madrugada desta quinta (28).

De acordo com a polícia, o laudo preliminar apontou que a causa da morte foi asfixia.

O caso aconteceu no Bairro Aeroporto. Segundo a polícia, a mãe da criança teria saído para buscar leite na casa de vizinhos, ficando fora por cerca de 30 minutos.

“Quando ela voltou, encontrou o homem transtornado na frente de casa. Ela perguntou do bebê e ele disse que estava dormindo no quarto”, conta o delegado Roberto Lukaszewigz, responsável pelo caso.

De acordo com o delegado, a mãe relatou que o homem não queria que ela visse a criança, e que o bebê estaria na cama. “Ela conta que chegou no quarto e a criança estava toda tapada. Quando tirou a coberta viu os ferimentos na cabeça. Saiu correndo e pedindo socorro. Vizinhos ajudaram, levando a criança para o hospital, mas ela já estava morta”, relata.

Segundo Lukaszewigz, o casal era usuário de drogas. Eles estão juntos há cerca de um ano e meio e teriam se mudado para Erechim há dois meses. Antes disso viviam em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Este era o sétimo filho da mulher. “Ela tem outros com pais diferentes, que deu para adoção ou moram em outro lugar. Na casa moravam apenas os três”, diz.

O homem foi preso em flagrante por homicídio qualificado, mas não assume o crime. Em depoimento, ele disse que não sabia de nada em relação aos hematomas do bebê.

A polícia está verificando se existem câmeras de segurança no local. “Vamos ouvir o casal que a mãe alega ter pedido leite, para conferir a história dela”.

Ainda de acordo com o delegado, o histórico de antecedentes do homem tende a confirmar a versão da mulher. “Ele tem um passado de agressão familiar, com uma outra família que teve”, finaliza.

Fonte: G1