
O lançamento da exposição “Arrancada de Nós”, no município de Alegrete foi realizado no final da tarde de quinta-feira (29). Uma cerimônia no Campus da UNIPAMPA em Alegrete, selou a abertura da mostra.
Estiveram presentes na solenidade, a Promotora de Justiça Rochelle Jelinek, o Diretor do Campus Gustavo Fuhr, Vereador Paulo Berquó, Psicóloga Judete Ferrari, o comandante da BM Capitão Lançanova, Vereadora Firmina, Vanderlei, representante do CEPERS sindicato, e a Diretora Cássia Aurélia, da Escola Estadual Waldemar Borges, além de estudantes das escolas estaduais e de servidores e estudantes do Campus da Universidade.
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O projeto que percorre municípios previamente cadastrados, fica em Alegrete, até esta sexta-feira (30), com visitação aberta no saguão da Unipampa, em horário comercial. Composta por fotografias de mulheres vítimas de feminicídio, a mostra quer dar visibilidade às histórias interrompidas pela violência de gênero. Mais do que retratos, cada imagem representa a ausência irreparável de uma filha, mãe, avó, cuja memória não pode – e não deve – ser apagada. A exposição
convida o público à reflexão sobre a urgência de ações concretas para enfrentar e prevenir a violência contra as mulheres.
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A exposição traz a história de 11 mulheres vítimas de feminicídio, uma delas ocorrida em Alegrete. Dienifer Aranguiz, então com 18 anos e grávida de 7 meses, foi encontrada enforcada em casa, no dia 10 de maio de 2021. A vítima foi morta pelo companheiro, Paulo Cézar Franco da Silva.
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A iniciativa é uma das ações da Força-Tarefa de Combate aos Feminicídios, grupo de trabalho vinculado à Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, em parceria com o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. A força-tarefa atua com o objetivo de reconstruir a rede de proteção às mulheres e meninas no Rio Grande do Sul, desarticulada nos últimos anos por decisões governamentais que enfraqueceram políticas públicas essenciais.

A deputada estadual Stela Farias, autora do projeto, diz que prevenir o feminicídio não é utopia. “É possível através de uma política possível, comprovadamente eficaz, que já foi aplicada aqui mesmo, no Rio Grande do Sul entre 2011 e 2015 quando funcionou a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres”, conclui Stela.
A exposição “Arrancadas de Nós”, é uma ação da Força-Tarefa de Combate aos Feminicídios da Assembleia Legislativa do RS, que transforma dor em denúncia e memória em mobilização.
“Esta exposição é mais do que um convite à reflexão. É um chamado à ação. É sobre não deixar que essas mulheres sejam apenas estatísticas. Porque por trás de cada número, há um rosto. Um sonho. Uma família em luto”, adianta a deputada.
A mostra tem como objetivo conscientizar a sociedade, romper o ciclo da violência e fortalecer o enfrentamento aos feminicídios.