Após o comunicado emitido pelo Clube Escolinha Flamengo, o Comitê Gestor Pró Futebol Profissional de Alegrete, encaminhou na última quarta-feira (18), uma nota de esclarecimento referente a não participação do Flamengo Profissional no Campeonato Gaúcho da segunda divisão promovido pela FGF.
A nota enviada para a imprensa local cita que a participação estava garantida até o último instante do prazo estabelecido pela FGF. Por esse motivo o Conselho Gestor tomou a liberdade de encaminhar alguns anexos que devem ser esclarecidos a comunidade alegretense.
Além da Nota de esclarecimento, consta uma cópia do ofício do Flamenguinho que foi encaminhada a CBF apresentando, Edson Machado como representante oficial do Flamengo Profissional e uma ata da reunião de posse do Comitê Gestor do Flamengo Profissional com a participação e concordância do presidente rubro negro Antonio Fagundes (Toninho).
Confira a Nota de esclarecimentos na íntegra :
O Conselho gestor pró futebol profissional de Alegrete, vem a público esclarecer as circunstâncias que impediram de Alegrete disputar o campeonato de futebol profissional da segunda divisão de 2015 promovido pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
Sabemos da rica e maravilhosa história do futebol profissional de nossa cidade, com trajetórias e histórias que nos enchem de orgulho, mas mesmo assim, com toda sua história e contribuições ao desenvolvimento do futebol de Alegrete e região, esta, “ infelizmente,” à décadas de fora das principais competições oficiais.
Foi pautado nesse desafio, que um conjunto de desportista de nossa cidade, resolveu em conjunto e com transparência, analisar e trabalhar as condições para estabelecer uma equipe de futebol profissional de Alegrete, reparando um equivoco histórico de o nosso município não ter uma equipe nas competições oficiais.
Importante salientar para a sociedade, que as pessoas envolvidas nesse projeto, são pessoas sérias, pais de família e responsáveis, profissionais de diversas áreas em nossa comunidade e comprometidos com o desenvolvimento do esporte em geral.
Sendo assim, segue os fatos:
1º) No início do mês de outubro do ano passado, começou a se reunir um grupo de alegretenses, futebolistas, com intuito de reativar o futebol profissional em nosso município, à princípio, a discussão se pautava, em, por falta de recursos, trabalhar o ano de 2015 com promoções e contatos para viabilizar um projeto para 2016, pois a realidade de inscrição de um time na Federação Gaúcha, segundo informações, teria um custo de 20 mil reais, dinheiro que não teríamos disponível a curto prazo. Também foi debatido que clube seria criado, ventilando-se Flamengo, Guarani, Associação Alegrete ou um clube novo. Esse foi o início de debate no grupo.
2º) Por ocasião do lançamento do EFIPAN em Alegrete, perto do final do ano, um dos membros do grupo sondou o Presidente da Escolinha do Flamengo sobre a possibilidade de disputar o campeonato gaúcho profissional com o CNPJ do Clube, o que possibilitaria disputar o Campeonato Gaúcho já no ano de 2015. Toninho, então, se comprometeu a ir a uma reunião do grupo para discutir a questão.
3º) Conforme foi agendado, em dezembro último, Antônio Fagundes foi até a nossa reunião, onde lhe fizemos a seguinte proposta: Cadência do CNPJ do Flamengo por um prazo de um ano, depois se reavaliaria a questão, mas com Autonomia Administrativa, através da Formação de Um Conselho Gestor, sem ingerência nossa, nas categorias que o Flamenguinho possui e com o Flamenguinho acatando esta autonomia do Projeto FLAMENGO PROFISSIONAL.
4º) Na mesma reunião, o senhor Antônio Fagundes, o Toninho, aceitou a proposta com as seguintes condições:
– UMA CONTA BANCÁRIA SEPARADA, DE EXCLUSIVIDADE DO FLAMENGO PROFISSIONAL;
– DOIS MEMBROS INDICADOS POR ELE PARA O CONSELHO GESTOR;
– UMA PORCENTAGEM DE 20% NO CASO DE VENDA DE QUALQUER ATLETA DO FLAMENGO PROFISSIONAL E DE 20% DAS SOBRAS NO FINAL DO ANO FISCAL;
– PRESTAÇÃO DE CONTAS NOS FINAL DO ANO, DO FLAMENGO PROFISSIONAL PARA O TESOUREIRO DA ESCOLHINHA DO FLAMENGO;
FORAM SOMENTE ESTAS EXIGÊNCIAS DO FLAMENGUINHO E NADA MAIS.
AS CONDIÇÕES PROPOSTAS PELO SR. ANTONIO FAGUNDES FORAM ACEITAS, SEM RESTRIÇÕES E, A PARTIR DESTA REUNIÃO, INICIOU-SE, ENTÃO, O PROJETO FLAMENGO PROFISSIONAL.
5º) No dia 02 de fevereiro de 2105, o Srº Antonio Fagundes (Toninho), encaminhou a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), oficio da Escolinha de Futebol Flamengo informando que o representante legal do Departamento de Futebol Profissional junto a Federação é o Srº Edson Roberto Xarão Machado. Em anexo cópia do oficio assinado pelo Toninho.
5º) No dia 12 de fevereiro de 2015, foi realizado nas dependências do Clube Atlético Sete de Setembro, a reunião do posse do Conselho Gestor do Flamengo Futebol Profissional com a presença e concordância do Srº Antonio Fagundes (Toninho). Em anexo cópia da ata com a assinatura do Toninho.
6º) Feito isso, começou o Trabalho de montar o Conselho Gestor, fazer um peneirão para selecionar atletas, num primeiro momento, só com o pessoal de Alegrete, formaram-se comissões para tocar a Questão de Sócios, Confecção de Rifas, Contatos com possíveis apoiadores, fornecedores de material esportivo, visita a empresários para sondar a possibilidade de “adotar” atletas, havia academia de ginástica já disponibilizada, acerto com um médico voluntário, acerto com restaurantes para arrumar refeições gratuitas para atletas, visita à Presidenta do Poder Legislativo e muitas outras iniciativas, como proposta de comodato para gerir o estádio Farroupilha, juntamente com A Liga Alegretense de Futebol (LAF). Tudo encaminhado após o início das negociações, também foram escolhidos a Comissão Técnica, o Tesoureiro, Diretor Geral, assessores, etc.
7º) Nós estranhávamos as ausências dos membros indicados pelo Toninho nas reuniões semanais, um deles sempre com justificativa de trabalho, mas mesmo assim, nosso pessoal estava quase diariamente em contato com eles, e ouvia que estava “tudo certo, tudo certo”. Tão certo que o Próprio Antônio Fagundes comunicou a Presença do Flamengo Profissional junto à Federação Gaúcha de Futebol e só ele poderia fazer isso como responsável pelo CNPJ do Clube filiado à Federação, inclusive, constando o FLAMENGO PROFISSIONAL já no regulamento e na tabela oficial do campeonato divulgada pela própria federação, fato que teve a reprodução nos meios de comunicação estadual e local. Quanto à inscrição, não havia mais problemas, “tudo certo”;
8º) No dia 9 de março, segunda feira, Antônio Fagundes convocou uma reunião com o Conselho Gestor do Flamengo Profissional e levou junto consigo o Advogado do Flamenguinho, o mesmo, tomou a palavra e começou a desqualificar, de uma forma desrespeitosa, os membros do Conselho Gestor, dizendo que não aconselhava o Toninho a ceder a inscrição do Clube, tratou as pessoas que estavam lá como moleques, etc e se retirou da reunião. O senhor Antônio Fagundes permaneceu na reunião, ratificou que manteria sua palavra e confirmaria a Presença do Flamengo no campeonato já no dia seguinte, dia 10 de março, fato que não ocorreu, tergiversando e colocando a culpa no Presidente da Federação. Resultado: no dia 11 de março, o nome do Flamengo já não constava mais da tabela do campeonato;
9º) De nossa parte, erramos ao operar sem um documento escrito sobre o que tinha sido acertado em reunião, quando foi ajustada a proposta para utilização do CNPJ do Flamenguinho. Negligenciamos nisso, agimos com confiança na palavra de uma pessoa (que muita gente já conhece em Alegrete).
10º) Não seria mais honesto, mais sério, se o Sr. Antônio Fagundes, lá em dezembro, tivesse dito que não emprestaria o CNPJ e sugerido que seguíssemos tocando outras alternativas? Mas,com a obsessão de não deixar nada se criar (nenhum outro clube) que não passe por ele, com má intenção, iludiu o grupo até o último dia, prejudicando não nós, mas a possibilidade imediata de Alegrete entrar ainda este ano no campeonato gaúcho da segunda divisão.
11º) Como foi dito, o Conselho diretor reunia-se semanalmente. Por que, ao longo desses quatro meses, ele, Antônio Fagundes, ou algum dos dois membros indicados por ele, se não estivessem gostando de alguma coisa no andamento dos trabalhos, ou se quisessem fazer alguma outra exigência, não compareceram lá e nos disseram? Por que não jogaram limpo? Nada, nenhuma colocação, inscreveu o Time e, no último dia, nos puxou o tapete!
12º) Lamentamos profundamente a forma como fomos tratado pelo senhor Antonio Fagundes. É inaceitável a forma que esta pessoa tratou a possibilidade de incluir Alegrete na rota das competições oficiais, promovendo nossa economia, turismo e desenvolvimento social e esportivo.
13º) Por fim, comunicamos à sociedade alegretense, em especial aos futebolistas, que o Grupo não vai desistir de seu objetivo, de fazer retornar o futebol profissional em nossa cidade. Vamos construir outra alternativa, seguimos fortes, e esperamos que de agora em diante, sem a companhia de nenhum aproveitador. Não foi desta vez, mas não nos entregamos, pedimos desculpas àqueles em que chegamos e que nos acolheram com o seu apoio. Acreditamos sim, que é possível a retomada do futebol profissional de Alegrete, e que juntos poderemos transformar nossos sonhos em realidade.
Conselho Gestor Pró Futebol Profissional de Alegrete.
José Ernesto Alves Grisa.
Edson Machado (Edinho).
Sergio Augusto (Bicudo).
Claudio Marquiori.
Ronaldo Medeiros (Nado).
Edson Lima (Pelé).
Reci Severo Oliveira.
Valter Luis Correia Oliveira.
Paulo da Cruz.
Ercio da Silveira (Sapo).
Claudio Marquiori
Integrante do Comitê Gestor Pró Futebol Profissional de Alegrete.