Criança é espancada e tem o antebraço quebrado em Santa Maria

Pai e madrasta da criança são os principais suspeitos de terem praticado os maus tratos

 
Os olhos roxos e a atadura no antebraço direito — que chegou a ser quebrado—, de uma menina de 1 ano e 9 meses não deixam a menor dúvida de que a garotinha foi vítima de agressões. O que a Polícia Civil está investigando é quem foi o autor dos maus-tratos que foram denunciados por volta das 19h desta sexta-feira. O pai e a madrasta da menina foram levados para a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) como os principais suspeitos do crime.
Quietinha no colo da mãe, a menina aguardava o registro da ocorrência policial na noite desta sexta-feira. Os hematomas pelo corpo chamam a atenção, e, segundo a conselheira tutelar Gislaine Pavão, parecem ser marcas de agressões que começaram há vários dias.
De acordo com Gislaine, a mãe da menina contou que estava no centro da cidade quando uma vizinha da casa onde a garotinha mora, com o pai, no Km 2, disse a ela que “se não fosse buscar logo a sua filha, iria tirá-la de lá em um caixão”.
— A mãe disse que ficou assustada porque quando ela e o pai da criança se separaram, há cerca de seis meses, fizeram um acordo. Ela ficou com as duas filhas mais velhas, e ele, com a garotinha. Segundo ela, depois que ele começou um novo relacionamento, não permitiu mais que ela visse a criança. No entanto, quando a vizinha disse que a menina estava sendo maltratada, ela teria ido até a casa do ex-companheiro, mas ele não permitiu que ela visse a filha, então, a confusão começou — afirma Gislaine.
Segundo o 2º Batalhão de Operações Especiais (BOE), que atendeu a ocorrência, vizinhos contaram que desde quinta-feira ouviam gritos da criança. Ainda de acordo com o BOE, quando chegaram à casa do pai da criança, foram avisados que a mãe da menina tinha saído de lá às pressas, com a criança nos braços, para levá-la para o PA do Patronato. Os policiais militares conseguiram localizar a mãe, com a filha no colo, caminhando a pé a caminho do pronto-atendimento.
— Nós levamos a menina para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde foi constatado que ela tinha fraturado o bracinho — conta o sargento do BOE João Francisco Rolim.
A violência foi tamanha que os próprios policiais militares pareciam impressionados com os ferimentos da menina.
Diante do relato da mãe da criança de que o pai da menina seria o autor dos maus-tratos, os policiais do BOE foram novamente até a casa dele. O suspeito foi detido. De acordo com o BOE, o homem disse que teria sido a madrasta quem teria machucado a menina. Uma viatura do BOE foi até a casa da madrasta, na Vila Brenner.
— Ela mentiu, dizendo que não era a dona da casa. Mas acabou sendo identificada pela mãe da criança, então, demos voz de prisão para ela, que foi trazida para a delegacia — afirma Rolim.
Até as 21h30min, a ocorrência sobre o caso ainda está sendo registrada.
 
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Fonte: Diário de Santa Maria