Crianças foram salvas de incêndio em Santa Maria por irmã de 14 anos

Foi uma adolescente de 14 anos quem salvou os quatro irmãos, com idades entre um e 10 anos, de um incêndio que tomou conta do apartamento onde eles moravam, no segundo andar do Residencial Videiras, em Santa Maria, por volta das 23h de quinta-feira. A menina e os irmãos não chegaram a se ferir e estão na casa da avó.

Segundo informações do Conselho Tutelar, que acompanha a situação da família, a menina contou que viu as chamas se alastrarem e conseguiu retirar os quatro pela porta do apartamento. O fogo teria começado quando uma vela teria caído em um colchão, relataram vizinhos. A vela estaria acesa porque não havia energia elétrica no apartamento.

Na manhã de sexta-feira(04), vizinhos relataram ao Diário que as crianças moravam com a mãe, que teria saído para trabalhar no momento do incêndio. Segundo o Conselho Tutelar, a avó tinha um termo de responsabilidade para cuidar das crianças, mas elas ficariam com a mãe também.

— As crianças não sofreram danos maiores e estão na casa da avó. Estávamos acompanhando a família e dando assistência. Agora, elas estão na casa da avó, que já tinha a guarda da adolescente de 14 anos — conta a coordenadora do Conselho Centro, Nara Deprá.

Vizinhos apagaram as chamas

O incêndio foi percebido pelos vizinhos, que chamaram os bombeiros.O ferroviário Elias Veiga, que mora no 4º andar, ouviu o alerta de uma vizinha.

— Na hora, pensei nas crianças porque, pela manhã, vimos que uma vela estava acesa perto dos colchões, e as crianças estavam soltas no corredor do apartamento. Levei elas para dentro da casa e vi que, desde aquela hora, tinha a vela acesa — disse a esposa de Elias, Cristiele Piccini, que entrou no apartamento junto do marido para apagar as chamas.

Pensando que os irmãos estavam dentro do apatamento, Elias arrombou a porta e deparou com o local tomado por fumaça.

— Entrei já procurando as crianças porque pensei que elas estavam lá. Não tinha ninguém, e conseguimos pegar um extintor do bloco ao lado, já que o nosso estava estragado. Os vizinhos ainda ajudaram trazendo baldes de água, e conseguimos apagar as chamas — contou Elias.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local quando as chamas já estavam apagadas. Em função da fumaça dos colchões, dois moradores do prédio precisaram ser atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Por terem inalado a fumaça tóxica, eles foram encaminhados ao PA do Patronato e foram liberados pela madrugada.