Depoimentos do caso Bernardo serão retomados nesta quarta (3) no RS

Testemunhas que residem fora de Três Passos passam a ser ouvidas.
Primeira audiência será às 14h, em Coronel Bicaco, na Região Noroeste.

caso Bernardo
Começam a ser ouvidas nesta quarta-feira (3) testemunhas de acusação que residem fora da Comarca de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, onde tramita o processo criminal que apura a morte do menino Bernardo Boldrini. A primeira audiência ocorrerá em Coronel Bicaco, na mesma região, a partir das 14h, quando será ouvida uma testemunha.
Na quinta (4), o depoimento de outra testemunha no processo será colhido em Tenente Portela, às 15h. Também estão marcadas para este mês audiências em Rodeio Bonito, Frederico Westphalen, Santo Ângelo, Soledade e Santa Maria.
Na segunda-feira (8), na Comarca de Três Passos, mais sete testemunhas arroladas pela acusação deverão ser ouvidas. A audiência iniciará às 9h, e dará continuidade à iniciada em 26 de agosto, quando quatro testemunhas foram ouvidas pela Justiça.
Após as testemunhas de acusação, serão ouvidas as indicadas pelas defesas dos réus. Ao todo, 77 pessoas foram incluídas como testemunhas, sendo 25 pelo Ministério Público (MP) e outras 52 pelas defesas dos quatro acusados.
corpo de Bernardo foi achado no dia 14 de abril enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, no noroeste do estado, onde ele residia com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de abril.
São réus no processo o pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão, Evandro Wirganovicz. Eles estão presos e respondem pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem de um sedativo e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.
O inquérito apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ainda conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro.
Fonte: G1