Durante as investigações, a Polícia Civil flagrou o que acredita ser combinação entre os suspeitos para inocentar o médico Leandro Boldrini
Conversas gravadas com autorização judicial ajudaram a Polícia Civil a formar convicção de que o pai de Bernardo Uglione Boldrini, o médico Leandro Boldrini, teve participação na morte do filho.
Diálogos revelados a partir de interceptações telefônicas indicam que haveria um acerto entre familiares dos três presos e os advogados que atuam no caso para que as duas mulheres mantivessem a versão de que Boldrini não teve participação no homicídio.
Uma das conversas foi captada antes de a mulher de Boldrini e madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, prestar depoimento. No diálogo, um familiar de Boldrini diz para outro que “aquela de Frederico (uma das presas) vai ficar quieta, vai manter o que já disse e a Kelly vai falar que o Leandro tá fora, que não tinha nada, nenhuma participação e tal”.
Graciele foi ouvida na prisão em 30 de abril e se negou a usar o detector de mentiras. No depoimento, ela isentou o marido de envolvimento no crime. Também livrou a amiga, a assistente social Edelvânia Wirganovicz de ter participado da morte, que teria sido “acidental”. Graciele sustentou que a amiga apenas a ajudou a enterrar o corpo.