Os grevistas do Poder Judiciário tiveram mais uma vitória na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, quando dos 4.500 Oficiais Escreventes do Estado, 2.000 se fizeram presentes no dia 15, pressionando e conseguindo novo adiamento da votação do PL 93/2017, que trata da extinção dos Oficiais Escreventes. Se o presidente do Tribunal de Justiça não apresentar uma proposta, a greve vai prosseguir.
No último 11, a magistrada Diretora do Foro de Alegrete – Juliana Neves Capiotti, suspendeu os prazos processuais com data retroativa ao dia 07 de outubro, o que significa mais tempo para o encerramento dos processos por não precisarem ser movimentados pelos advogados, pois o prazo para eventuais respostas ou providências está parado, somente prosseguindo após o encerramento da greve.
Neste dia 17, a greve entra no seu 24º dia e, de acordo com os grevistas, não há previsão para o término, pois a presidência do Tribunal não acenou com nada para iniciar a negociação.
O Foro de Alegrete e o Poder Judiciário Gaúcho estão em greve desde o último dia 24 de setembro.
Os Oficiais Escreventes deixam claro que a greve não é por aumento salarial, mas pela tramitação do Projeto de Lei 93/2017, que extingue o cargo de Oficial Escrevente, o que vai gerar desmotivação para prosseguir o trabalho de excelência, pelo qual o Poder Judiciário gaúcho foi nos últimos 11 anos consecutivos, o melhor do Brasil.
Com a suspensão dos prazos, somente serão atendidas as medidas urgentes.
Vera Soares Pedroso