Diretores da Vaucher e Nogueira explicam a implantação da segunda roleta

A reunião de pouco mais de duas horas de duração entre membros da Associação dos Familiares, Amigos e Deficientes (AFAD) e os dois diretores das empresas do transporte coletivo de Alegrete teve momentos tensos.

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A principal pauta era quanto a questão da segunda catraca. Em alto e bom tom , os dois diretores, Gilson Vaucher (Vaucher Transportes) e João Antônio Nogueira (Nogueira), afirmaram aos presentes que o motivo da segunda roleta é o aumento significativo de usuários que usavam os coletivos subindo e descendo pela porta traseira.

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Houve questionamentos e discussão. A primeira reivindicação foi que nem todos devem pagar pelos erros de outros. Embasado em números, os dois diretores argumentaram que a ação foi necessária para um maior controle do fluxo de passageiros. Houve inúmeras reclamações que alguns sobem pagam a passagem e o cobrador não gira a roleta. João Nogueira foi taxativo. “Avisem quando isso acontecer, liguem para o 0800, vamos apurar fatos dessa natureza”, explicou o diretor.

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Para Gilson Vaucher, é uma questão de legal. A segunda catraca foi implantada após uma ação judicial para que as empresas não diferenciassem  os passageiros. Passível de multa, as concessionárias adotaram o sistema que todo o usuário independente de situação, deveria embarcar pela porta dianteira do coletivo. “Existem outras cidades que trabalham dessa forma, estamos adequando o que nos foi exposto”, complementa o empresário.

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O presidente da AFAD, Paulo Ricardo Rodrigues dos Santos, pediu que aumentasse o número de lugares para deficientes. A empresa nogueira se comprometeu a aumentar para três lugares, hoje existem dois. Para a Vaucher, são 10%, dos assentos destinados as pessoas especiais. “Temos carros com quatro lugares”, afirma Gilson. 

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De acordo com os responsáveis  pelo transporte coletivo em Alegrete, a frota de carros é trocada a cada seis anos. A acessibilidade chega a 45% do total da frota. A determinação de que o sistema fosse implantado era em janeiro. Mas o início foi em 17 de fevereiro. Em menos de 30 dias, foram 18.239 idosos que usaram as linhas urbanas. Num comparativo mensal, a gratuidade chegou a 40% dos usuários. Para Nogueira, até o momento foram registrados 4.005 portadores de necessidades especiais que já utilizaram os carros com o novo sistema.

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A colocação do local da roleta de saída, foi uma medida para melhorar o sistema, pois o usuário que paga sua passagem tem o direito de usar o assento. “Tinha casos que a pessoa ficava em pé após pagar e, os bancos ocupados por aqueles que não pagavam o passe”, exemplifica Gilson. “Colocamos a catraca no mesmo lugar que estava, nos mesmos buracos da anterior”, finaliza Vaucher.

A distância é de 40cm do degrau, alegam os diretores das empresas de ônibus. A reunião contou com apenas um vereador. Iva Aquino argumentou que o dever estáva sendo cumprido. “Estamos cobrando das pessoas responsáveis pela prestação do serviço” reiterou a vereadora.

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Nenhum representante do Poder Executivo esteve presente. Para o presidente da AFAD, Paulo Ricardo, será marcada uma nova reunião com a Prefeitura. Outro item bastante discutido foi em relação a confecção dos cartões. Muitos deficientes alegaram que após entregarem os exames no STU, são informados que não estão aptos a receberem a isenção. Até esta sexta-feira (6), o problema deverá ser resolvido, numa reunião entre transportadores e STU.

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A reunião encerrou com o compromisso das empresas do transporte coletivo em melhor atender os anseios da AFAD.  Um novo encontro deverá ser marcado ainda este mês, para discutir melhores formas de acessibilidade.