Dois casos de violência doméstica extrema deixa vítimas lesionadas no primeiro dia de setembro em Alegrete

Desde o ano de 2016, quando a Lei Maria da Penha completava 10 anos de existência, o mês de Agosto foi escolhido para receber a campanha Agosto Lilás. A campanha visa levar informações e sensibilizar toda a sociedade sobre a Lei Maria da Penha e as formas de combate à violência contra a mulher.

Mas, embora com campanhas, os casos de violência contra mulher não param de crescer. Em Alegrete, só no primeiro dia de setembro foram registrados mais dois casos graves em que duas vítimas ficaram lesionadas.

No Bairro Nilo Soares Gonçalves, um home de 34 anos, pai de seis filhos menores e num relacionamento que de 11 anos, esperou a companheira chegar do trabalho e pediu todo dinheiro dela para comprar drogas. Diante da negativa, a mulher foi agredida fisicamente. Segundo informações da Polícia Civil, os dois estavam alcoolizados e a vítima acabou agredida com tapas, socos e pontapés. Segundo registro, o homem teria pegado um machado para intimidar a mulher. A vítima de 40 anos, não pode solicitar medidas protetivas, tão pouco solicitar reparação criminal, devido ao seu estado etílico, atestado pelos plantonistas da DP.

O outro caso ocorreu no centro da cidade também nas primeiras horas da manhã do dia 1º. Porém, o caso de violência doméstica seguido de lesão corporal aconteceu no centro da cidade. O acusado de 29 anos, inconformado com o fim do namoro com uma mulher de 19 anos, está perseguindo a mulher.

Após ela sair de uma casa noturna no sábado, ele, num táxi, tentou colocar a mulher a força para dentro do veículo. A jovem se negou e foi atingida por um soco na cabeça. Na delegacia, a vítima disse que há três dias, ela já havia sido agredida, quando ficou ferida no braço, após ser atacada com uma chave e uma panela pelo ex-namorado.

Temendo pela vida, ela pediu medidas protetivas e quer representar criminalmente contra o homem pelas agressões sofridas. Aos policiais, a vítima revelou que foi ameaçada de morte pelo ex, se não reatar o relacionamento. Conforme a jovem, o inconformado namorado vai pagar para matá-la. Os dois casos foram registrados como violência doméstica com lesão corporal, engrossando a estatística de casos no município.

Segundo o site Relógios da Violência, do Instituto Maria da Penha, a cada 7.2 segundos, no Brasil, uma mulher é vítima de violência física. A violência doméstica e familiar contra a mulher passou a ser considerada crime a partir da aprovação da lei n. 11.340, em 7 de agosto de 2006, que ficou conhecida como lei Maria da Penha. Essa lei cria mecanismos para coibir e prevenir a agressão ambientada na convivência familiar e se tornou um instrumento de transformação social ao longo dos seus 13 anos de existência.