Edson “Dinheiro” Duarte, o alegretense apaixonado por cédulas antigas

O alegretense Edson Duarte aos 71 anos se considera o mais antigo colecionador de cédulas de Alegrete.

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Ele trabalha há 33 anos no Salão Cruzeiro, um dos mais antigo da cidade. É barbeiro e cabeleireiro, duas profissões que não saem de moda, assevera Edson. Não gosta que o chamem de senhor, rebate que senhor está no céu.

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O nome Cruzeiro não tem nada a ver com sua coleção – isso é outra longa história – argumenta.

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Bastante falante, virtude peculiar à sua profissão, há 40 anos adquiriu o gosto de colecionar notas antigas. Não parou mais, é um hobby que exige um trabalho minucioso e isso ele tira de letra.

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No salão onde trabalha possui mais de 500 notas, todas em quadros. Edson explica que cada nota é colocada em frente e verso, quando o valor possui dois tipos do cédulas, o trabalho é redobrado.

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A nota mais antiga é datada em 1647 da França, da guerra da Bastilha. Também exibe com orgulho uma nota de 200 anos, da época do Império no Brasil, são 500 mil réis. De tão rara  a nota foi plastificada para preservá-la.

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Até uma nota com a figura do Suddan Hussein – essa aí não tem nem nos Estados Unidos – brinca o colecionador.

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Em época de crise seu Edson têm dólar, euro e libra. Relata uma história que anos atrás cortando o cabelo de um Delegado da cidade, este lhe aconselhou levar os dólares para casa, pois podia ser alvo de ladrões. inicialmente levou a observação como brincadeira, mas acabou levando as notas valiosas para casa. Lá guarda mais de 200 notas espalhadas em álbuns.

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Ele ganha, troca notas e até já recebeu notas antigas por corte de cabelo. Sua coleção é vasta. No meio da conversa mostra uma nota que circulou na II Guerra Mundial. É estudioso, sabe a história do dinheiro desde a Roma Antiga.

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Indagado sobre quanto vale sua coleção, diz não ter a mínima ideia e desconversa dizendo que não tem interesse em vender.

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Edson relata que há poucos colecionadores na cidade – Tem que ter persistência para juntar e garimbar as notas – explica o expert em notas antigas.

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Na coleção, possui uma das cédulas que ele acredita ser uma das mais raras para os colecionadores. A história iniciou no trabalho, lá ele conheceu um Mórmon americano. Indagou se conseguia a tal nota, em um mês o rapaz conseguiu a cédula que foi enviada dos Estados Unidos e entregue para o colecionador que pagou pela nota americana.

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Com notas do cruzeiro, mil cruzeiros, ele já tem todas do Real, mas essas prefere deixar no bolso para envelhecer mais um pouco relata o alegretense.

Em tempos de crise, Edson Duarte brinca e diz ser um afortunado – estou sempre com dinheiro, e bem guardado – exibe-se.

Por: Júlio Cesar Santos