Não haveria local mais apropriado, no Parque Dr. Lauro Dornelles em meio mais uma avaliação de equinos da expofeira. Atento, rente a cerca que separa o público dos animais em avaliação, Edson Moraes, 72 anos proseava com amigos e apontava para os cavalos na pista.
De larga experiência, um domador nato que se criou na lida do cavalo. Ele conta que nasceu em Quaraí, o pai trabalhava numa estância na Harmonia. Aos 7 anos, foi residir em Uruguaiana, com a troca de trabalho do pai foi parar no Toro Passo. Estudou na Zona Rural e acabou vindo para Alegrete em 1975, num 1º de janeiro daquele ano, aos 23 anos.
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Serrote, apelido que o acompanha desde a adolescência é quase um nome fantasia, todos o chamam assim. Colaborador de uma empresa de laboratório veterinário veio a trabalho para 3ª Capital Farroupilha e daqui nunca mais saiu.
Ao lado da esposa, alegretense Maria Helena, constituiu família. Os filhos Edson e Luis Felipe são envolvidos na lida campeira. Eduardo trabalha no litoral numa empresa gerenciando aplicativo de casas de aluguel e Renata é fisioterapeuta. Moraes recorda que são pouco mais de 20 anos de trabalho entre a Curunilha e Agenda.
Desde 1982, é domador de cavalos, já são 44 anos na função, que ele diz que andou por todo Rio Grande do Sul, participando de provas campeiras. E justamente na prova de redomão, que iniciou em meados de 82, o “Serrote”, é participativo até hoje. Quando não está montando, é um da comissão organizadora.
“Eu sempre fui envolvido com lida, gosto do que faço. Minha vida é essa, ajeitando cavalo”, resume com um olhar firme, sentado em cima de um baú, onde o gaúcho guarda os instrumentos para manejar os cavalos.