Empreender para sobreviver: ex-alambrador agora é dono de auto elétrica

A pandemia há mais de um ano trás ensinamentos, reflexões e aprendizados.

Com os desafios impostos pelas dificuldades financeiras e também o momento em que muitas pessoas tiveram que se reinventar para suprirem às necessidades, principalmente, em relação à família.

O alegretense Vilson Eduardo Bernardes Rodrigues de 27 anos é mais um exemplo de superação.

Desde pequeno ele sabe a importância do trabalho, começou cedo, aos 13 anos, ao lado do pai Odilon, no alambrado. Com alguns anos de experiência, passou a exercer uma função diante de uma grande oportunidade no tambo de leite. Passado alguns anos, saiu do campo e veio para cidade.

Chegando em Alegrete, começou a trabalhar com o tio Valdecir e aprimorou seus conhecimentos em outras frentes de trabalho. Sempre em busca de uma melhor qualidade de vida para família, Vilson que é casado com Priscila Carvalho e têm duas filhas, sentiu a necessidade de dar um passo a mais. Durante a pandemia, as dificuldades ficaram mais sérias e, numa conversa com a esposa, resolveu colocar seu próprio negócio.

 

“Minha esposa disse que muitas pessoas estavam sempre me indicando e com os amigos e clientes que já conheciam meu trabalho, eu poderia arriscar. Como trabalhei com meu tio da mecânica Valdecar  e tive muito aprendizado em elétrica automotiva, meu sogro me ofereceu a casa dele para que eu pudesse montar meu próprio negócio. Além disso, recebi todo apoio do meu tio e várias pessoas me incentivando. Foi então que surgiu a Kadu Auto elétrica”- comentou.

Vilmar cita que, no início teve muito medo, receio de não conseguir levar o alimento para a família, sua maior preocupação. Mas, devido a iniciativa e todas as inseguranças e ver que está dando certo, ele decidiu dar o testemunho para encorajar mais pessoas. ‘É muita dedicação e honestidade, como os clientes merecem”!

Para concluir, ele faz uma pequena reflexão: iniciei minha auto elétrica na rua Osvaldo Dorneles, bairro Vila Inês. Sou casado, tenho minhas filhas e me dedico a cada serviço pensando nelas e no meu desempenho, fazendo o melhor que posso, para eu poder ter meu próprio negócio. Não quero sair daqui, para ter um trabalho digno, pois acredito na nossa cidade. Hoje, eu trabalho sozinho, porém, quem sabe daqui a pouco eu possa dar oportunidade para alguém que esteja precisando e também seja um pai de família ou possa estar buscando a sua independência financeira”- concluiu.