Marla, a policial dotada de muita espiritualidade a serviço da justiça e de Deus, não resistiu à Covid

Polícia Civil está em luto pela perda escrivã Marla Gislaine E Silva Dutra, aos 48 anos. Ela foi mais uma vítima da Covid-19.

A alegretense estava lotada, atualmente, na Delegacia de São Borja, porém, por mais de 25 anos atuou na Delegacia de Polícia de Alegrete, a maior parte deste período no Posto da Mulher.

A policial civil não resistiu à doença e faleceu na madrugada desta quarta-feira(21), na Santa Casa de Alegrete. Marla foi hospitalizada na última sexta-feira e estava na UTI Covid.

Marla ingressou na Polícia Civil na década de 90 e durante todos os anos atuou com muita dedicação e brilhantes serviços prestados.

O Delegado de Polícia e titular da DPPA, Maurício Arruda, falou da consternação de todos e destacou: “um dia muito triste para a polícia civil, pois perdemos mais uma colega. Marla já havia trabalhado na delegacia de Alegrete e era muito querida entre seus colegas. A Polícia Civil se solidariza com os familiares.”

Já o Delegado Regional Valeriano Garcia Neto, que outrora foi titular da DPPA e trabalhou com a escrivã, também, falou que todos estão muito abalados.”Marla foi um exemplo pra nós, um exemplo de profissional, mãe dedicada e uma pessoa envolvida com a religiosidade. Ela fazia a união da religiosidade e a força policial fazendo o bem para as pessoas.” comentou.

A policial foi transferida há dois anos para São Borja. Dando sequência em sua mensagem, ela dizia: vou para uma verdadeira missão, a missão religiosa de ajudar as pessoas.

“Aos finais de semana, Marla sempre destacava que ia trabalhar na obra e quando cheguei em Alegrete, não compreendia direito que obra ela estava falando. Mas depois a conhecendo, entendi que era a obra de Deus. Ela era evangélica, casada com um pastor Silmar Machado, o filho mais velho dela é um brilhante estudante universitário, estagiário da Delegacia de Alegrete e o ex-marido também é policial civil, na DPPA. Ela também atuou no Projeto Papo Responsa e desenvolveu um excelente trabalho com as crianças”- conclui Valeriano.

“Hoje nossa equipe está triste. Perdemos a colega Marla para a Covid. Com certeza ela já foi acolhida pela espiritualidade, pois era uma pessoa que vivia a palavra de Deus em cada gesto, em cada olhar.Eu sei que neste momento, Deus e toda a espiritualidade precisam dos bons, mas a gente vai sentir uma falta gigante!!! Sinto uma dor no meu coração porque ela era um ser de luz e muito me ensinou! Quero pensar como ela me ensinou num dia em que eu estava com uma preocupação gigante por causa da saúde do meu pequeno: Débora, Deus é bom o tempo todo…” citou a policial civil Débora Prestes coordenadora dos programas Mediar e Papo de Responsa.

Marla deixa esposo e dois filhos, um de 20 e outro de 14 anos. O cortejo será às 15h desta quarta-feira.

Flaviane Antolini Favero