Estado de SP tem maior número de pacientes de Covid-19 internados em UTI desde agosto, com 5,1 mil hospitalizados

Total de casos suspeitos ou confirmados de coronavírus nas UTIs do estado nesta segunda-feira (4) é o maior desde o dia 22 de agosto de 2020. Internações por Covid-19 têm se mantido acima de 10 mil desde o início de dezembro.

O número de pessoas internadas em leitos de UTI com suspeita ou confirmação de Covid-19 chegou a 5.126 no estado de São Paulo, conforme dados extraídos pela Secretaria Estadual da Saúde às 12h desta segunda-feira (4). O total de pacientes com sintomas de coronavírus nas UTIs do estado é o maior desde o dia 22 de agosto de 2020, quando haviam 5.134 pacientes nesta situação.

Ao todo, há 11.628 pacientes com coronavírus internados em SP nesta segunda, sendo 6.502 em enfermaria e 5.126 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As internações por Covid-19 têm se mantido acima de 10 mil desde o início de dezembro de 2020, o que pressiona o sistema de saúde e interfere no atendimento de outras doenças. A última vez em que o estado tinha registrado mais de 10 mil pacientes internados havia sido em 20 de setembro.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, foram registradas 43 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total desde o início da pandemia para 46.888. Já o total de casos confirmados da doença subiu para 1.473.670, considerando os 2.248 novos registros nas últimas 24 horas.

Os novos registros não significam, necessariamente, que as mortes e casos aconteceram de um dia para outro, mas sim que foram contabilizados no sistema neste período. As notificações costumam ser menores aos finais de semana e feriados, quando as equipes de saúde trabalham em esquema de plantão. Os valores podem voltar a subir na próxima semana, quando os dados represados durante o feriado prolongado de Ano Novo devem ser atualizados.

média móvel de mortes, que considera os registros dos últimos 7 dias, já está acima de 100 no estado há 40 dias seguidos. O valor desta segunda-feira, primeiro dia útil do ano, é de 141 mortes diárias, um número 11% menor do que o registrado há 14 dias, o que indica tendência de estabilidade, segundo critérios usados por especialistas.

Movimentação na região da Rua 25 de Março centro da cidade de São Paulo na manhã desta segunda-feira 04, primeiro dia útil de 2021.    — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Movimentação na região da Rua 25 de Março centro da cidade de São Paulo na manhã desta segunda-feira 04, primeiro dia útil de 2021. — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Dois hospitais municipais da capital paulista registram ocupação de 100% dos leitos de UTI destinados para Covid nesta segunda: tanto o Hospital Vila Santa Catarina como a Santa Casa de Santo Amaro, ambos na Zona Sul da capital paulista, estão com 100% de lotação para atendimento de pacientes com a doença.

Neste domingo (3) havia ainda outros hospitais com a capacidade bastante limitada: o Hospital da Cruz Vermelha tinha 90% dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados enquanto o Hospital da Brasilândia registrava 74%.

Ambulância deixa o Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, bairro do Morumbi, região sudoeste de São Paulo, nesta quarta-feira, 2 de dezembro de 2020. — Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ambulância deixa o Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, bairro do Morumbi, região sudoeste de São Paulo, nesta quarta-feira, 2 de dezembro de 2020. — Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Fase vermelha

 

O estado de São Paulo vive uma nova piora nos índices da pandemia nas últimas semanas. Houve aumento de 66% no número de mortes por Covid-19 em dezembro de 2020 – com total de 4.622 até o dia 31 -, em comparação às 2.784 registradas no mês de novembro.

Para tentar conter o avanço da contaminação, a gestão João Doria (PSDB) regrediu todo o estado para a fase vermelha mais restritiva da quarentena nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro.

Durante o período, apenas serviços essenciais estão autorizados a funcionar, mas várias cidades e estabelecimentos comerciais não seguiram as determinações. Houve aglomeração em praias e registros de festas clandestinas em todo o estado durante a virada de ano.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, uma força-tarefa organizada pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o governo do estado dispersou 6.700 pessoas de festas clandestinas na capital paulista durante o período do Natal e Ano Novo.

Nas duas semana, foram fiscalizados 52 estabelecimentos comerciais, denunciados por descumprimento das recomendações da fase vermelha. Destes, 11 foram interditados, segundo a gestão municipal.

Nesta segunda-feira (4), todas as regiões do estado voltaram para a fase amarela do Plano São Paulo, que permite a abertura do comércio, shoppings, bares, restaurantes e academias. A exceção é a região de Presidente Prudente, que permanece na fase vermelha devido aos indicadores de ocupação dos leitos.

Fonte e crédito: G1