Ex-cirurgião é condenado a 16 anos de prisão em SP

Homem matou e esquartejou paciente em 2003

O ex-cirurgião Farah Jorge Farah foi condenado a 16 anos de prisão por matar e esquartejar a paciente Maria do Carmo Alves, em 2003. O júri terminou pouco depois da 1h desta quinta-feira, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. Os jurados descartaram a principal tese da defesa, a hipótese de semi-imputabilidade, ou seja, que o ex-cirurgião estava fora de si e não pode ser julgado pelos crimes que cometeu naquele momento.
Farah recebeu a pena de 12 anos pelo homicídio e dois anos em relação a cada qualificação: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Assim, sua pena aumentou em comparação aos 13 anos aos quais havia sido condenado em 2008. Aquele julgamento foi anulado porque a defesa do ex-cirurgião alegou que os laudos que comprovavam sua semi-imputabilidade não haviam sido considerados. Agora, com a nova decisão, não será possível anular o júri pelo mesmo motivo.
Nessa quarta-feira, na parte final do julgamento, Farah falou por cerca de cinco horas. Houve mais uma confissão do acusado, com fortes referências a Deus e aos pais. Com uma bengala no colo, o réu disse calmamente que não tinha lembrança de todos os fatos da morte, alegou que agiu em legítima defesa e não assumiu o esquartejamento. “Eu vou continuar dizendo até que Jesus volte: eu não tenho certeza da ordem dos fatos”, afirmou o réu. O promotor André Luiz Bogado Cunha tratou o réu como um dissimulado, “um ator”.
* As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.