Foragido gaúcho oferece R$ 20 mil aos policiais civis para não ser preso

Além dos seis presos neste ano por assassinatos em Porto Alegre, outros seis são procurados em praias catarinenses.

Polícia Civil divulgou na manhã desta sexta-feira (11) uma prisão realizada na noite de quinta-feira (10) em Garopaba, no litoral de Santa Catarina. O foragido, com três décadas de condenação, havia recebido benefício de usar tornozeleira eletrônica por fazer parte do grupo de risco pela contaminação do coronavírus. Ele é o sexto gaúcho com prisão decretada por homicídios em Porto Alegre que foi localizado em praias catarinenses, sendo que outros seis seguem sendo procurados no Estado vizinho.

O Departamento de Homicídios da Capital, responsável pela prisão, não está divulgando o nome do preso devido à Lei de Abuso de Autoridade. GZH apurou a identificação do detido: Anderson Luís Martins, 38 anos, foragido da Justiça após romper tornozeleira em menos de um dia após receber benefício de sair do regime fechado no início do distanciamento social. Ele tem 34 anos de condenação por homicídio, ocultação de cadáver e tráfico de drogas. A prisão foi realizada pela 3ª Delegacia de Homicídios, que confirmou a apreensão de munição, uma pistola e drogas.

— Ele ofereceu R$ 20 mil aos policiais para que não fizessem a prisão e por isso foi preso em flagrante, não só pela posse de arma e munição, mas por corrupção ativa — diz o delegado Luís Firmino, titular da 3ª Delegacia de Homicídios.

Nas praias catarinenses

Assim como Martins, a diretora do Departamento de Homicídios, delegada Vanessa Pitrez, diz que outros cinco foram presos neste ano e mais três em 2019, além do fato de outros seis foragidos, somente pelo departamento, estarem sendo procurados em praias catarinenses. Neste ano, por exemplo, o líder de uma facção foi detido em mansão de Itapema com um fuzil no início de agosto e, no mês de maio, um investigado por 15 homicídios foi recapturado em praia de Palhoça, na Grande Florianópolis.

— Fatores como a proximidade entre os Estados, a existência de inúmeras praias e os contatos existentes entre organizações criminosas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina motivam a escolha desses foragidos por se esconderem no litoral catarinense — explica Vanessa.

Fonte: G1