Ele produziu uma coreografia e finalizou com a presença do filho Victor Andrade Brandolt da Silva e dos pais Antônio Carlos Martins da Silva e Ângela Gonçalves da Silva.
O compositor da música, Pandemia, é Alexandre Brunetto. A @coreosdoenart uma comunidade do Instagram convidou o coreógrafo para uma apresentação neste período de isolamento social. Eles estão colocando todas as coreografias do Enart com vários coreógrafos do Sul.
De acordo com Glênio, o convite ocorreu bem no período em que estava completando um ano do acidente, por esse motivo, o desafio teve uma emoção maior pelo reconhecimento e pelo fato de ter a oportunidade de demonstrar toda a evolução do seu tratamento.
“Fiquei muito feliz pelo convite, baah tá loco. É meio que repetitivo falar, mas sou muito grato a todos e quero retribuir de alguma forma, tudo no seu tempo. Com esse acidente é inevitável não pensar diferente, ver a vida com outros olhos e ter a certeza que precisamos aprender a viver cada dia. E isso tudo isso me motiva a querer mais e mais.” – comentou.
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De acordo com Glênio, que por muito tempo ficou sem caminhar e, agora já está dando muitos passos sem o auxílio das moletas, a coreografia que ele criou é para demonstrar exatamente isto. Ele começa no chão e aos poucos vai levantando, precisa da moleta e no final arrisca os passos sem nada, com o equilíbrio que há pouco tempo, diante de muita ajuda e fisioterapia recuperou. “Isto tudo representa todos os cuidados e quando abracei meu filho e minha família foi a maneira de agradecer a todos que me ajudam e me ajudaram até o momento.”- citou.
O coreógrafo iniciou sua trajetória no CTG Nova Querência-MG no final de setembro de 2015, em 2019 foi para Luís Eduardo Magalhães-BA. No dia 20 de maio, quando se deslocava para um ensaio sofreu o grave acidente. O responsável pelo acidente fugiu e não prestou socorro ao alegretense. ” A única informação foi de que o motorista fugiu para Brasília e não foi localizado, porém, não desejo mal algum pra ele, nem pra ninguém” declarou.
Glênio passou por momentos muito difíceis entre cirurgias, internações na UTI e tudo isso com o apoio da família que imediatamente saiu de Alegrete para auxiliar e dar todo o suporte. Muitas campanhas para ajudá-lo foram realizadas, desde amigos, imprensa e os CTG’s. “Com a solidariedade das pessoas de lá, dos alegretenses, minha família e Deus, estou aqui. Mas esse acidente e mais esse vírus, me fez ver a vida de uma outra forma, que tenhamos mais Fé e que possamos valorizar o nosso dia a dia. Se Deus quiser tudo isso vai passar. Com tudo isso, por estar aqui, por ter a oportunidade de dar esses passos de abraçar as pessoas que amo, com restrições em razão da pandemia, mas posso ter todos por perto de alguma forma. E, diante dessa realidade quero dizer que não devemos deixar nada para depois. Nada de pensar que determinadas coisas podem ficar para outro dia e, sim, viver cada momento como se fosse o último, parece clichê, mas é a mais pura verdade. E sempre agradecer a Deus por cada amanhecer e por cada entardecer. Gratidão sempre” – completou.
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