Governo do RS, Defesa Civil e Emater monitoram efeitos da estiagem para a agricultura no RS

Oito cidades já decretaram situação de emergência, nenhuma homologada até a tarde desta terça-feira (7). Agricultores contabilizam perdas e situação da soja e do milho é monitorada.

O clima seco do início deste ano no Rio Grande do Sul causa preocupação no campo. Uma reunião entre a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a Defesa Civil e a Emater, na manhã desta terça-feira (7), avaliou as consequências e definiu ações para auxiliar os municípios.

O grupo acompanha os efeitos da estiagem. Os detalhes desta reunião não foram divulgados à imprensa.

Vinte e duas cidades receberam reservatórios de água móvel, os chamados ‘vinilq pipa’, para amenizar os efeitos da seca.

Conforme a Defesa Civil, a ocorrência de estiagem relevante, em que um grande número de registros ocorre em um curto espaço de tempo, ocorre geralmente a cada dois anos no estado. A última foi em 2018, quando 41 municípios foram afetados.

O órgão observa que o verão de 2020 não deve ter influência de fenômenos como El Niño ou La Niña, e são esperadas chuvas abaixo da média, que é de 120 mm no mês de janeiro.

O secretário em exercício da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR, Luiz Fernando Rodrigues Júnior, pediu que a situação das safras de milho e soja sejam monitorados profundamente.

É para que tenhamos uma visão mais ampla do cenário, porque isso impacta também na produção de carne e leite. É um levantamento para verificar a extensão do que está ocorrendo em nosso estado, garante o secretário.

Oito cidades decretaram situação de emergência em função da seca, e até a tarde desta terça-feira (7), nenhuma havia sido homologada.

Municípios

  • Chuvisca
  • Maquiné
  • Camaquã
  • Cerro Grande do Sul
  • Venâncio Aires
  • Pântano Grande
  • Boqueirão do Leão
  • Sinimbu
Oito cidades registram situação de emergência no RS devido a pior estiagem desde 2012

Oito cidades registram situação de emergência no RS devido a pior estiagem desde 2012

Como a estiagem afeta o interior

Na Região Central do estado, foi necessário distribuir água com caminhão pipa. O plantio de soja e arroz chegou a atrasar mais de um mês em função do solo muito seco.

Em São Gabriel, cerca de 100 famílias de assentamentos já estão recebendo águas de caminhão pipa. A prefeitura de São Gabriel e a São Gabriel Saneamento (empresa de distribuição de água na cidade) pediram ajuda ao exército para que mais um caminhão possa ser usado no período de emergência.

Em Agudo, seis localidades do interior estão recebendo água para os animais e para o trabalho na propriedade, principalmente em áreas mais altas.

Em Sinimbu, levantamento aponta perdas de R$ 35 milhões, especialmente de milho, soja, feijão e tabaco. Mato Leitão teve prejuízo estimado em R$ 10 milhões, que atinge a 450 famílias.

Fonte: G1