Essa situação trás à tona uma questão que precisa ser melhor compreendida pelos órgãos que prestam atendimento às pessoas com necessidades de socorro, independente de estarem sóbrias ou embriagadas.
O caso desse cidadão de 53 anos que caiu em via pública, dia 8 de fevereiro, as seis da tarde, demorou 18h para ser removido e receber atendimento médico. Por duas vezes o Samu se recusou a removê-lo com o argumento de que só atende emergência e que embriaguez não se enquadra neste caso, embora tenha sido relatado que o homem é cardíaco e estava desidratado.
A UPA, segundo uma enfermeira de plantão, que foi contatada pela Brigada Militar também não fez a remoção com o mesmo argumento do SAMU. A Brigada Miliar tomou conhecimento do caso hoje pela manhã, e buscou novamente sensibilizar a UPA ou SAMU para remover o senhor que continuava, ao relento, na Rua Giacomilo Grillo, bairro Cohab Restinga. E ,somente às 11h 45min,desta manhã(9) o PM conseguiu convencer a médica da central do SAMU, em Porto Alegre, a realizar a remoção do senhor até à UPA.
Durante estas 18horas, ele já sóbrio, queixava-se de dores no peito. Moradores das imediações tentaram ajudá-lo dando água e buscaram atendimento sem sucesso. Ele está internado na UPA e seu estado de saúde não foi informado pela atendente.A direção da Unidade ouvida pela Portal Alegrete Tudo disse que não é mais de sua responsabilidade realizar as remoções,mesmo porque a ambulância de que dispõem não oferece condições técnicas.
Depois desse relato, cabem algumas indagações:
-Como saber se uma pessoa embriagada permanecer tanto tempo sem socorro, não corre risco de vida?
– O fato de estar embriagado, não requer atenção e atendimento?
– Já que o SAMU só realiza remoção em casos de risco de vida, e como ficam as pessoas que,aparentemente, não se enquadram neste perfil. Quem vai fazer a remoção até a Unidade de Pronto Atendimento?