Na noite de Natal, PM salva mulher na Ponte Férrea com uma “gravata”

Nenhum presente é mais valioso que a vida, imagina esta dádiva na noite de Natal. Principalmente por ter uma segunda chance e ter a oportunidade de abraçar e sentir o amor dos familiares. O que tinha tudo para terminar de forma trágica e ser um final de ano triste, foi de renascimento para a família de uma mulher de 26 anos resgatada da Ponte Férrea por um policial militar.

Uma data que remete a muitos sentimentos. A noite de Natal pode ser um momento de muitas alegrias, mas também de nostalgia e tristeza para tantos outros. No início da madrugada do dia 25, um policial militar, mais uma vez, salvou a vida de uma dona de casa, fragilizada pela depressão. Ela estava sentada em um dos pilares de concreto e iria se jogar, quando o PM a agarrou pelo pescoço,(deu uma gravata). A mulher já havia dado impulso para pular.

O Soldado Brum, comentou que iria jantar quando soube, através do 190, que tinha uma pessoa na Ponte Borges de Medeiros. Ele e mais dois policiais, soldados Giosepe e Luciano, se deslocaram rapidamente até o local. A mulher não estava na Borges de Medeiros, ela foi localizada no pilar da ponte Férrea. Sem que ela percebesse a aproximação do policial, Soldado Brum se aproximou pelos trilhos e quando percebeu que ela iria se jogar pulou e a assegurou. “Naquele momento, não se pensa muito, apenas agi de forma segura para salvar aquela vida. Claro, com o Rio cheio, como estava, se ela se jogasse não teria como resgatá-la, até mesmo se isso acontecesse comigo, mesmo sabendo nadar, seria difícil” – lembrou.

O soldado citou que os colegas o auxiliaram. “Quando a segurei, ela começou a fazer força para se jogar foi quando o soldado Luciano agarrou minha farda para ajudar. Depois que ela ficou calma e conseguimos tirá-la do pilar, ela foi ao desespero, começou a chorar e relatou um histórico de depressão. Estava sozinha, os pais em Manoel Viana e o companheiro, também, não estava em casa. A deixamos na UPA e naquele momento iria ficar hospitalizada” completou Brum.

Este foi o segundo salvamento nesta situação realizado pelo soldado Brum. Questionado sobre qual sentimento o moveu naquele momento, Soldado Brum, relatou que é tudo muito rápido e sempre o dever de salvar vem em primeiro lugar. Entretanto, o sentimento de dever cumprido por ter salvo a vida da mulher é superior a tudo, não há como mensurar.

Flaviane Favero