Incidência de estupro em crianças e adolescentes e as aberrações dentro das casas

Um trabalho” formiguinha” realizado pelos cinco conselheiros tutelares começou a dar resultado. A questão que era extremamente preocupante em relação ao estupro de crianças e adolescentes teve uma diminuição, conforme foi informado ao PAT.

Um entrevista com os conselheiros foi destacada uma outra preocupação, as crianças e, principalmente os adolescentes, não sabem quase que na grande maioria quando são vítimas de violação e estupro.  Nós últimos meses, está acontecendo um trabalho muito intenso junto aos órgãos de educação, as conversas com os alunos serve para esclarecer, explicar e orientar.

Os conselheiros passam nas escolas e dentre todos os assuntos é feita uma abordagem sobre os riscos quanto à violação e estupro, como identificar? Para surpresa dos conselheiros a grande maioria não sabe que muitas atitudes de terceiros são para se aproveitarem e com isso se aproximarem e na sequência vem o crime. ” É necessário que os pais expliquem que ninguém pode tocar nas partes íntimas, no caso das meninas nos seios também. Beijo na boca não pode ocorrer com menos de 14 anos, assim como relações sexuais.

Dentre todas as experiências que estão vivenciando nas escolas, os questionamentos e o esclarecimento levou a descobertas de muitos casos que hoje são acompanhados.

” É necessário a assimilação de que não se deve beijar na boca dos filhos, ainda mais crianças, eles sempre vão ter esse gesto como carinho extremo entre mãe e filho, pai e filha. Mas isto pode gerar traumas graves. Recebemos um caso em que a mãe beijava o filho na boca desde pequeno (selinho), ela o protegia e o envolvia em tudo. Com 16 anos o menino vai ser encaminhado à psicóloga porque não quer fazer nada que não seja com a mãe. O resultado é uma paixão do filho pela mãe.

Outro caso chocante é de uma criança de 11 anos que está se relacionando com um homem de 28 anos. A menina que está grávida, teve todo apoio da avó que acha normal e ainda acredita que o mais importante é o amor entre o casal.

Uma demanda que está sendo trabalhada por todos os conselheiros. Toda e qualquer relação sexual entre um adolescente com menos de 14 é crime de estupro e em caso dos pais ou responsáveis serem coniventes serão responsabilizados de acordo com a Lei.

A maior incidência de casos de estupros não diferencia entre meninas e meninos e, quando ocorre os abusadores são vizinhos, pais, padrastos ou no meio escolar .

O trabalho desenvolvido para prevenção já tem resultado positivo. A explicação de que a criança não tem que estar no colo do “tio”, não tem que beijar o “tio”, quem pode tocar e onde. Além do principal, salientar onde não pode ser tocada pois é violação. Estamos sempre trabalhando para fazer o melhor e nos capacitando. – destacaram.

Outro ponto que ajudou foi a cartilha, elaborada pelos Conselheiros.

A entrevista foi concedida pelos conselheiros tutelares, Maria Teresa Lemos, Antônio Aparício Moreira Marques, Luís Carlos da Silva Pinheiro, Antônio Flávio da Silva e Maria Aparecida Lyra.

Flaviane Antolini Favero