Mãe do rapaz que morreu incendiado em Porto Alegre luta por justiça

Ainda é grande o sofrimento da senhora Ana Rita Pereira da Silva Dias que perdeu seu filho no dia 15 de novembro, vítima de um incêndio, ainda não esclarecido, dentro de uma Kombi no bairro Pitinga em Porto Alegre.
Mais uma vez, a família procurou a imprensa para dizer que até agora a mãe do rapaz Julio César Monteiro Lemes, 22 anos, que não resistiu às queimaduras, não foi ouvida pela Polícia. Além disso, explica  que o dono da Kombi onde seu filho foi encontrado, com mais de 90% do corpo queimado, está cobrando R$ 8 mil do veículo e passagens que teria pago a ela para que fosse a capital, tão logo soube o que houve com o filho.
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Segundo Ana Rita, Elvis, o dono da casa em que Júlio morava e da Kombi disse que sabe quem incendiou o seu filho e, também sabia que ele estava sendo ameaçado. “Mas nunca me avisou e agora diz: não faz nada gorda que eu já fiz tudo”, relata.
Perdeu o emprego
Além disso, Ana Rita trabalhava como cuidadora de idosos por uma empresa que a contratou. A senhora fala, chorando, que quando soube o que tinha acontecido com seu filho se largou para Porto Alegre e pediu à filha Ana Paula e a irmã Fernanda Pereira da Silva que avisasse a agência. Depois ainda comprovou com papéis do hospital que o filho estava na UTI em estado grave.
Entre idas e vindas, até fazer o enterro do filho, depois voltar a Porto Alegre para dar baixa na carteira dele que trabalhava na empresa J da Cruz e Cia LTDA e encaminhar pensão para a neta recém-nascida, chegou há ficar um mês fora.
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Devido a isso, a mulher dona da agência, de acordo com Rita, alegou abandono de emprego e disse que se ela quisesse passasse lá para pegar R$ 600,00. A cuidadora, que trabalhava sem carteira assinada, procurou o Sindicato da Saúde, porque ainda afirmou que a contratante de cuidadores de idosos cobrou parte de seu  primeiro salário, alegando ser taxa paga ao Sindicato da Saúde.
AJUDA
Agora, ela ganhou uma ovelha e está fazendo uma rifa para pagar o restante do funeral do filho e poder voltar a Porto Alegre para resolver a pensão da netinha, que ainda nem conheceu, mas quer deixar com o mínimo de amparo. “É meu sangue! Filha do Júlio mostra, em lágrimas, a carteira de trabalho do filho.
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