Uma mulher de 58 anos, foi mais uma vítima dos estelionatários em Alegrete. No último dia 13, a vítima compareceu na DP e deu queixa.
Segundo registro policial, ela foi beneficiada com o auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal no valor de R$ 1.200.
Depois de enfrentar uma fila junto à Caixa Federal verificou que seu benefício já havia sido utilizado. Em contato com a agência ela descobriu que o auxílio havia sido usado para pagamento de contas. Conforme o boletim feito pela polícia civil, foram feitos dois movimentos bancários no dia 6. Um pagamento de R$ 599,99 e outro no valor de R$ 598,99.
A vítima disse aos policiais que não utilizou em momento algum os valores e também não autorizou ninguém a utilizar seu benefício. A vítima afirmou que nunca perdeu documentos e não passou dados pessoais pra ninguém.
Criminosos têm se utilizado do intervalo de tempo entre o depósito do auxílio emergencial no Caixa Tem e a data em que o saque do dinheiro é liberado para roubar os valores parados nas contas virtuais. A denúncia tem sido feita por diversos beneficiários nas redes sociais, que alegam que os golpistas conseguem movimentar o recurso trocando o e-mail e o telefone cadastrados pelo usuário.
Ao baixar o aplicativo Caixa Tem, necessário para a movimentação da segunda parcela do auxílio, beneficiários recebem a informação de que seu CPF já estava cadastrado, e com e-mail e telefone que não eram os seus. Após entrar em contato com a Caixa, ela conseguiu recuperar o acesso, e trocou os dados, colocando o e-mail e telefone certos. No entanto, dois dias depois, os criminosos trocam novamente os dados de acesso ao aplicativo.
O depósito da segunda parcela do auxílio para trabalhadores informais, autônomos, microeempreendedores individuais (MEIs) e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) que não recebem o Bolsa Família foi feito entre os dias 20 e 26 de maio. No entanto, o recurso só ficou disponível para saque em dinheiro entre os dias 30 de maio e 13 de junho.
A Polícia Federal informou que está atuando na prevenção de crimes relativos ao auxílio emergencial, em diversas frentes e em coordenação com outros órgãos. No entanto, não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento e nem sobre a existência ou não de investigações.
A Caixa Econômica Federal foi questionada sobre qual a orientação para os beneficiários que são vítimas desses crimes, mas até o fechamento dessa matéria não havia se pronunciado. O banco também não respondeu se notifica os usuários do Caixa Tem sobre mudanças feitas no e-mail e telefone cadastrados.
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