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A pandemia de coronavírus, que vem atingindo o Brasil e o Mundo, provocou diversas mudanças que se refletem na rotina e nos hábitos das pessoas. O isolamento social, estratégia mais eficaz para conter a disseminação do vírus, exige que as pessoas fiquem mais tempo no ambiente familiar e com isso há um aumento do tempo de convivência.
Dentro dessa nova lógica social, infelizmente, alguns aspectos problemáticos de nossa sociedade mostraram um agravamento, é o caso do machismo e da violência contra a mulher. Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH) as denúncias de violência contra a mulher recebidas pelo número 180 cresceram quase 40% em abril desse ano, em relação ao mesmo período de 2019. A vereadora Maria do Horto analisa que “a mulher passa a estar isolada dentro de casa, muitas vezes, sendo obrigada a conviver com o agressor e fica impedida de sair para fazer um boletim de ocorrência”.
A vereadora destaca que “a situação da pandemia pode agravar a situação de violência doméstica, que pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Sabemos que o isolamento social é uma estratégia eficaz e necessária, e esse tipo de comportamento machista e abusivo não é admissível ou justificável sob nenhuma condição. As mulheres tem o direito de estarem em suas casas, ou em qualquer lugar, em segurança sempre e também durante a pandemia”.
Segundo pesquisas do Datasenado 21% das vítimas de violência doméstica não procuram ajuda. Para a vereadora Maria do Horto “as razões pelas quais as vítimas não buscam ajuda variam, mas é preciso que essas mulheres saibam que não estão sozinhas. O Governo precisa achar formas de viabilizar a realização dessas denúncias de forma mais ágil, bem como precisa atendê-las com mais rapidez e efetuar as medidas de proteção que inclusive já são previstas na Lei Maria da Penha. Atualmente as denúncias dos casos de violência contra a mulher podem ser feitas pelos números 180 e 190.”
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