Carlos Eduardo juntava dinheiro para comprar o videogame, mas escolheu fazer a boa ação. Contribuição de R$ 25,15 sensibilizou profissionais que se uniram para presentear o pequeno doador.
“Gentiliza gera gentileza” é a frase mais conhecida do artista brasileiro Profeta Gentileza e exemplifica as ações do pequeno Carlos Eduardo, de 8 anos, e de médicos do Rio Grande do Sul.
Disposto a ter um videogame, o menino Cadu começou a economizar para conseguir realizar o sonho. Até que, inspirado por uma ação de solidariedade que viu na televisão, o morador de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, resolveu doar os R$25,15 que arrecadou para um hospital da cidade.
“A gente estava almoçando e vendo o Jornal do Almoço, aí ele parou de comer e virou pra mim ‘mãe, eu posso doar a minha caixinha do videogame para o hospital também?’ Eu comecei a chorar, primeiro pela atitude dele, que eu achei linda já na hora e lembrando que a gente não tinha posto muito dinheiro na caixinha. Então, ele não teria muito pra doar”, lembra a mãe Nany Lopes.
Encantados com a atitude, quatro médicos e dois colaboradores do Instituto de Cardiologia, hospital da mesma rede que recebeu a doação, compraram e deram o videogame de presente para Carlos Eduardo.
Acostumado a doar as roupas que já não servem mais e conectado com questões ambientais, Cadu não surpreendeu a família com o gesto, mas emocionou.
“Eu estou bem impressionado que tudo isso tenha acontecido. Desde aquela reportagem, eu mudei muito”, conta Carlos Eduardo.
A doação aconteceu na segunda-feira (25) e foi recebida com entusiasmo por parte do hospital que fez questão de oficializar com um termo de doação pra Cadu levar pra casa. Mas a surpresa maior veio dias depois, na quarta (27).
“Um mês antes dele completar 9 anos, que o sonho era ele ganhar o videogame de aniversário, um mês antes, ele ganhou”, comemora a mãe.
Carlos Eduardo Lopes em dois momentos: a caixinha de que virou o sonho de um videogame — Foto: Arquivo Pessoal
O médico Tiago Leiria foi o responsável pela ideia de retribuir a doação. Junto de outros colegas, arrecadou o dinheiro necessário e compraram o presente para Carlos Eduardo.
“A parte mais difícil foi encontrar uma loja aberta em meio à pandemia. Mas deu tudo certo, o menino é super atento a questões do seu entorno, como essa relação com o hospital de sua cidade. O que eu fiz junto com meus colegas não foi nada comparado a atitude do Cadu”, pontua Tiago.
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Fonte: G1