Moradores pedem justiça por pit bull que morreu após ser espancado, amarrado em moto e arrastado por ruas de Inhumas

Um vídeo registrou quando o cachorro começa a ser puxado em uma via da cidade. Suspeito chegou a ser preso, mas foi solto em audiência de custódia.

Cerca de 30 pessoas participaram de um protesto pedindo justiça pelo cachorro que morreu após ser espancado, amarrado em uma moto e arrastado por ruas de Inhumas, no centro de Goiás. Indignados pela forma como o animal foi morto, os manifestantes cobram a punição do suspeito, que chegou a ser preso, mas foi liberado no dia seguinte em audiência de custódia.

“É um absurdo ele estar solto. Ele tem que pagar pelo que ele fez, até para servir como exemplo para que outros casos como esse não aconteçam. Pedimos justiça não só pelo Leão, como ele era chamado, mas também por outros animais vítimas de maus-tratos”, disse a química Ana Paula Caponi.

O ato aconteceu na tarde de segunda-feira (26). Segurando cartazes com fotos do animal e de outros pets vítimas de agressões, moradores da cidade e representantes de entidades de defesa dos animais percorreram ruas gritando por “justiça”. Em um dos cartazes, eles escreveram: “Que a lei seja cumprida! Basta de impunidade!”.

Moradores pedem justiça por cachorro morto em Inhumas, Goiás — Foto: Ana Paula Caponii/Arquivo pessoal

Morte do cachorro

O caso aconteceu no último sábado (24). Um vídeo feito por testemunhas mostra quando o animal é amarrado ao veículo e começa a ser arrastado. Como as imagens são muito fortes, não foram divulgadas na íntegra.

O pit bull chegou a ser resgatado e levado a uma clínica veterinária, mas morreu no dia seguinte em decorrência dos ferimentos graves.

Homem é preso suspeito de arrastar cachorro em um moto, em Inhumas

Suspeito solto após audiência

Após receberem uma denúncia, policiais militares prenderam o suspeito descrito pelas testemunhas às margens da GO-070, na saída da cidade. A corporação informou que abordou e prendeu o homem pouco antes de ele abandonar o animal machucado em uma mata.

Segundo a PM, o homem foi preso em flagrante por maus-tratos a animais, cuja lei foi alterada há cerca de um mês. As mudanças feitas na legislação aumentaram a pena para o crime, que era de três meses a um ano de reclusão, além de multa, pois passou a ser de dois a cinco anos de prisão mais multa e proibição de guarda do animal.

Porém, o suspeito teve liberdade provisória concedia em uma audiência de custódia, realizado no domingo (25). Na decisão, a juíza plantonista Vanessa Rios Seabra afirmou que o suspeito não tinha antecedentes criminais, além de possuir residência fixa.

Dispensado de pagar multa, consta na sentença que o homem está proibido de ter a guarda de qualquer animal doméstico, além frequentar bares e/ou similares.

A Polícia Civil informou que vai indiciar o suspeito por maus-tratos. A investigação deve ser concluída ainda nesta terça-feira (27).