Ela estava internada no Hospital Ruth Cardoso há uma semana e teve a morte cerebral diagnosticada na quinta-feira
A adolescente de 13 anos que foi esfaqueada pela mãe, no dia 5 deste mês, na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú (SC) morreu na quinta-feira (12). Ela estava internada no Hospital Ruth Cardoso há uma semana e teve a morte cerebral confirmada pelos médicos da unidade de saúde.
De acordo com a Polícia Civil, a garota foi atingida no peito. A mulher atacou a filha com uma faca que teria encontrado em um quiosque, na beira da praia, após descobrir que um vendedor ambulante, de 32 anos, estaria se relacionando com ela — o homem é alvo de um inquérito por estupro de vulnerável, já que admitiu que mantinha relações com a menina, o que é proibido por lei para quem tem menos de 14 anos.
Segundo o delegado Ícaro Malveira, responsável pelo caso, mãe e filha são de Foz do Iguaçu (PR) e estavam em Balneário Camboriú há dois meses. Elas conheceram o ambulante na praia, e teriam vivido com ele por um período, antes de se mudarem para Bombinhas.
No dia do crime, a mãe teria descoberto que a garota estaria com o homem, e seguiu para Balneário Camboriú em busca da filha. Os três se envolveram em uma discussão, que resultou na tentativa de homicídio.
A mãe da vítima foi presa pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú. A mulher teria relatado aos guardas que tentou esfaquear o homem, mas a filha entrou em sua frente para protegê-lo. Ao delegado, no entanto, afirmou que não tentou acertar nenhum dos dois, e que atingiu a filha por acidente.
A mulher teve a prisão em flagrante confirmada pela Polícia Civil, por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil — agora confirmado.
Investigado em um inquérito policial por estupro de vulnerável, o vendedor que admitiu manter relações com a menina não foi preso porque não houve flagrante.
Em consulta ao Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), o delegado verificou que a suspeita passou por audiência de custódia e o Judiciário concedeu liberdade provisória para a mulher.
Fonte: Gaúcha/ZH