
Verônica de Oliveira, de 40 anos, foi abordada na rua por um homem, em um carro. Eles teriam tido uma divergência em relação ao valor de um programa. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Uma mulher trans foi morta com uma facada no peito, na madrugada desta quinta-feira (12), em Santa Maria, na Região Central do estado. O crime aconteceu por volta das 3h. Em setembro, outras duas trans foram assassinadas na cidade.
De acordo com a polícia, Verônica de Oliveira, de 40 anos, foi abordada na rua por um homem, em um carro, enquanto estava no cruzamento das avenidas Borges de Medeiros com a Presidente Vargas. Eles teriam tido uma divergência em relação ao valor de um programa.
O homem pegou uma faca que estava dentro do carro, e atingiu Verônica no peito. Ela chegou a ser levada para o Hospital Universitário de Santa Maria, passou por cirurgia, mas morreu por volta das 6h30.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gabriel Zanella, o suspeito do crime ainda não foi identificado. Testemunhas estão sendo ouvidas pelos investigadores.
Gabi Monteiro, amiga de Verônica, estava junto com ela durante o crime.
“A ‘Mãe Loira’ sempre nos ensinou o que era certo, de fazer as coisas certas. Não me sinto segura, depois de hoje, não mais”, disse.
Verônica era considerada uma liderança da comunidade LGBTQI+ na cidade e no estado. Foi madrinha da Parada da Diversidade de Santa Maria, no dia 1º de dezembro. Ela era a proprietária de um alojamento que abrigava dez transsexuais no município.
A morte abalou a comunidade LGBTQI+ da cidade. “Até quando isso vai continuar? Querem nos exterminar?”, disse à RBS TV a coordenadora do Coletivo Igualdade, Marquita Quevedo.
Confirmado o assassinato de ativista trans de Santa Maria nessa madrugada. Verônica era responsável pelo alojamento que acolhia mulheres trans de toda região e foi madrinha da nossa Parada Alternativa desse ano.
O lema da Parada foi “Que bom te ver viva”.
Não existem palavras.
Fonte: G1