Num inesperado encontro, os verdes anos de dois grandes amigos vieram à tona

Amizade é a capacidade de uma conversa ter um intervalo de 20 anos e, no reencontro, ter continuidade de onde tinha parado. E, assim foi, um reencontro que ocorreu por uma coincidência, mas, também por uma situação totalmente inesperada. A perda de uma carteira provocou um emocionante reencontro entre o repórter Júlio César Santos e do técnico e eletricista Adão Houayek.

Ter um amigo, mesmo que distante ou de muitos anos sem contato, é como guardar num diário um amor tranquilo e seguro de si. A pessoa sabe que pode contar e pode confiar no amigo.

 

O reencontro, inusitado, aconteceu depois que Adão esqueceu a carteira com documentos em um banco. Uma Argentina encontrou e deixou na farmácia Panvel. Sem conseguir contato o atendente falou com a reportagem para colocar um anúncio no site, momento em que Júlio percebeu que o dono dos documentos era um amigo de infância. Assim que ele entrou em contato, Adão nem havia percebido ainda que não estava com a carteira. Mas logo, combinou de ir até a redação para rever o amigo e pegar os documentos.

Foi uma tarde comovente. Em poucos minutos, décadas foram relembradas e muita emoção foi vivenciada naquele encontro.

Júlio César disse que foi uma enorme satisfação e alegria rever o amigo. Relembrar bons momentos dos encontros na Vila Nova, na residência de outro amigo. Tempo de ouro no Oswaldo Aranha.” O Adãozinho é daquelas pessoas que não deixa ninguém quieto e para baixo. Super alto astral. Uma gratidão com outra gratidão, o encontro. Valeu o momento, são coisas que não tem preço. Um documento perdido me proporcionou encontrar um amigo de décadas e relembrar só coisas boas que alegram o coração.” – descreveu.

Já, Adão, lembrou que a amizade deles remonta aos tempos do Osvaldo Aranha, a vida escolar sempre foi nesta escola.

” Tenho um grande amigo, Luiz Fabiano de Lima Moura, meu colega desde o jardim de infância municipal, que residia na frente da casa do Júlio, na rua Joaquim Astrar, na Vila Nova. O Júlio também estudava na mesma escola, nossa convivência era diária, dessa forma surgiu a amizade que já dura mais de trinta anos.” – citou.

Muito feliz, não apenas por ter recuperado os documentos, Adão evidenciou o quanto estava grato pela coincidência em ter reencontrado o amigo. ” A carteira já nem tem tanta importância, depois dessa dádiva. A vida nos afasta em razão da profissão, resido há anos em outra cidade, sempre que venho em Alegrete fico nos familiares e pouco falo com os amigos de infância de décadas. Foi incrível, maravilhoso. A partir de agora vamos manter contato mais próximo” – concluiu

Flaviane Antolini Favero