Em Gravataí, ao menos 10 sítios já foram invadidos por assaltantes.
Criminosos fazem reféns e levam dinheiro, carro e cabeças de gado.
Propriedades rurais da Região Metropolitana de Porto Alegre têm sido alvo freqüentes de assaltos. E a preferência dos bandidos é pelo gado. No primeiro semestre de 2014, 3,3 mil casos de furto do animal foram registrados no Rio Grande do Sul: uma média de 18 ocorrências por dia, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).
Se comparado o número com o registrado no mesmo período do ano passado, o abigeato aumentou 10% no estado. Em alguns casos, os criminosos invadem casas e apavoram os moradores. Em Gravataí, os bandidos agem com violência, fazendo reféns e levando tudo que encontram. Na ocorrência mais recente, seis homens armados fizeram o caseiro e uma empregada reféns.
“Chegaram e chutaram a porta. Queriam arma, queriam dinheiro, queriam tudo”, diz uma das vítimas, que não quis se identificar.
Da casa, os bandidos levaram medicamentos veterinários, roupas, maquinário e dois carros, além de 20 cabeças de gado. O prejuízo foi de R$ 30 mil, segundo as vítimas. Apenas os veículos foram recuperados.
Outra vítima, que também não quis se identificar, conta que teve a casa revirada. O homem, também dono de um sítio, ficou quatro horas amarrado, tempo em que os criminosos reviraram toda a casa. “Não ficou um par de meia dentro das gavetas, nenhuma gaveta no lugar, botaram tudo no chão”, relata.
Segundo levantamento feito por moradores da região de Gravataí, ao menos 10 sítios já foram assaltados desde o início do ano – alguns deles mais de uma vez. Eles acreditam que a mesma quadrilha esteja agindo há meses nas redondezas e queixam-se de falta policiamento na área. “Tu chama a Brigada Militar, eles não podem vir porque não tem o veículo”, reclama uma das vítimas.
A corporação, no entanto, nega. “Nós temos patrulhas específicas para atuar na área rural. Já efetuamos, este ano, 45 prisões de indivíduos que são ladrões, arrombadores de residências, sendo que 12 permanecem presos”, defende o coronel Vanderlei Maia Padilha, comandante do 17° Batalhão de Polícia Militar, de Gravataí.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as denúncias e diz que tem suspeitos. “Recentemente, inclusive, houve uma prisão. Através dele nós estamos buscando identificar os demais”, sustenta o delegado Eibert Moreira, da 1ª Delegacia de Gravataí.
Fonte: G1