Rodrigo Winques suspeita de envolvimento de outras pessoas na morte de Rafael Mateus Winques, de 11 anos. Segundo a polícia, Alexandra Dougokenski confessou o crime, mas alega ter sido acidental.
O agricultor Rodrigo Winques, pai do menino Rafael, morto em Planalto, no Norte do estado, espera por justiça. Quatro dias após o enterro do filho, encontrado em uma caixa de papelão na casa em frente à da ex-companheira, Alexandra Dougokenski, ele ainda se revolta com o desfecho do crime.
“Nunca esperava uma mãe fazer isso com um filho. Um pedaço que saiu de dentro dela, matar estrangulado?”, questiona. “Como pode uma pessoa ser tão fria?”
Rodrigo conta que, no dia do desaparecimento do menino, recebeu uma ligação do telefone de Rafael por volta das 9h. Ele atendeu, mas quem falou do outro lado foi o padrasto do garoto. A ligação caiu e somente horas mais tarde, por intermédio de outras pessoas, que ele soube que o filho havia sumido.
Morador de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, ele foi de carro a Planalto para acompanhar as investigações. A postura de Alexandra, que caracteriza como “fria”, gerou-lhe uma desconfiança.
“Não fez sozinha. Tem mais gente junto. Vai ter que contar a verdade”, revolta-se.
Rodrigo Winques lamenta a morte do filho Rafael Mateus, de 11 anos — Foto: Reprodução/RBS TV
Alexandra e Rodrigo estavam separados há três anos. Desde então, pagava a pensão ao filho e tinha contato com ele por WhatsApp.
O pai contesta a versão da mãe, de que Rafael teria morrido acidentalmente em decorrência de excesso de medicamento. Conforme Rodrigo, o menino tinha marcas de corda no pescoço e no rosto.
O laudo do Instituto Geral de Perícias confirma esta ideia, já que aponta para morte por asfixia devido estrangulamento. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio doloso, quando há intenção de matar.
“Como sempre digo, se não queria o guri, que tava atrapalhando o relacionamento, por que não me deu? Tenho mais condições”, assegura.
Ele reclama ainda que, no aniversário de 11 anos de Rafael, sua irmã transferiu R$ 300 para que o sobrinho fosse a Bento Gonçalves, mas Alexandra não permitiu. “Ela só enganou. Fomos na rodoviária e não apareceu ninguém”, lembra.
Rodrigo rejeita também a descrição do filho feita pela mãe à polícia. Segundo ele, Rafael não era “arteiro”, mas querido pelos amigos.
“Era um guri muito bom, deixou bastante amizade”.
Rafael Mateus Winques tinha 11 anos. — Foto: Polícia Civil/Divulgação