Órgãos de segurança se reúnem e prestam mais uma homenagem aos PMs mortos em Porto Alegre

Às 15h desta sexta-feira(28), foi realizada mais uma homenagem aos dois PMs que morreram em confronto com bandidos, no último dia 26 em Porto Alegre. Neste segundo “sirenaço”, todos os órgãos de segurança de Alegrete se uniram para demonstrar o luto. Brigada Militar, Polícia Civil, Bombeiros e Guarda Municipal. O ato foi realizado na Praça Getúlio Vargas em frente ao Banrisul.

Naquele minuto, o Centro de Alegrete parou em respeito aos soldados da Brigada Militar (BM), Rodrigo da Silva Seixas e Marcelo de Fraga Feijó. Eles faziam uma operação policial de rotina na Vila Maria da Conceição, quando ocorreu o tiroteio.

Pela manhã às 10h o “sirenaço” foi no momento do enterro de Marcelo que aconteceu em Águas Claras, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O corpo de Rodrigo foi velado na Câmara Municipal de Vereadores de Caçapava do Sul, cidade em que ele nasceu e morou com os pais até entrar na Brigada Militar. O enterro ocorreu no horário do segundo ‘sirenaço’.

Mais uma vez, a comoção tomou conta dos colegas, impossível não demonstrar o sentimento de dor.

Nota Oficial da Brigada Militar

A Brigada Militar divulgou uma nota oficial o de lamenta a morte dos policiais mortos em serviço. Veja o texto na íntegra.

“Quando tomba um de nós, perde-se muito mais que um brigadiano. Perde-se um filho. Perde-se um pai. Perde-se um esposo. Perde-se um pedaço de nossas almas e corações. Há pouco, a Brigada Militar perdeu, em confronto, os soldados Rodrigo da Silva Seixas e Marcelo de Fraga Feijó, do 19º Batalhão de Polícia Militar, em Porto Alegre. Não há lamentos que possam preencher o vazio no peito de cada irmão de farda”.

Vídeo:

A ocorrência:

Os policiais entraram no “Beco da Bruxinha” por volta das 22h de quarta-feira. O primeiro policial teria sido recebido a tiros por bandidos que estavam em cima de uma casa. O colega tentou prestar socorro e também foi atingido.

Eles foram levados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiram. A dupla trabalhava no Pelotão de Operações Especiais do 19º BPM.

O comandante do batalhão diz que o patrulhamento era um procedimento de rotina.

“Eram seis policiais em duas viaturas. Era uma tropa treinada, uma tropa especializada do batalhão, treinada, que infelizmente deu esse confronto”, comenta o comandante do 19º Batalhão, tenente-coronel Kefren Castro de Souza.

O suspeito que morreu durante a ação é Cleber Josué da Rosa, de 44 anos. O filho dele, Lucas Yago da Rosa, de 19 anos, foi baleado e preso.

“Tanto o Cleber como o Lucas eram seguranças na boca de tráfico daquele local. Então, assim, fato que corrobora a versão apresentada pela Brigada Militar de que foram surpreendidos com tiros quando ingressavam naquele beco”, afirma o delegado Guilherme Gerhardt.

Sem tornozeleira

O policiamento foi reforçado no local do tiroteio. Segundo a polícia, os dois suspeitos tinham antecedentes. Cleber por roubo e homicídio, e Lucas por tráfico de drogas.

Lucas deveria estar cumprindo uma pena de oito anos no regime semiaberto mas, por falta de vagas, foi encaminhado para o sistema de tornozeleiras eletrônicas. Só que não havia equipamento disponível e, por isso, ele não era monitorado.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, até o fim de agosto, 5 mil novos equipamentos estarão disponíveis, com prioridade para a Região Metropolitana de Porto Alegre.

A Secretaria diz ainda que os detentos que estão sem a tornozeleira não ficam sem controle. Todos tem que se apresentar periodicamente aos órgãos de segurança, sob pena de serem considerados foragidos e perderem o benefício concedido pela Justiça.

Flaviane Antolini Favero

Com informações G1