Ossuário coletivo gera protestos e polêmicas no Cemitério Municipal

Na quarta-feira (11), familiares foram até o cemitério contestar a nova forma de guardar os restos mortais. De acordo com um Decreto Municipal que normatiza as finalidades do ossuário no cemitério de Alegrete. O caso preocupa às famílias que precisam de espaço para o armazenamento do restos mortais de seus entes. Há um descontentamento geral da forma  como as ossadas vão ser guardadas, a partir de agora.

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Segundo a administração do Cemitério, o ossuário será coletivo e vão sete restos mortais em cada espaço, identificados nominalmente. A reclamação dos familiares é que serão misturados no espaço e eles querem individualizados.

O Portal Alegrete Tudo recebeu diversas reclamações.  As famílias alegam falta de respeito. Algumas estão indignadas com a situação e, muitos recorreram à Câmara de Vereadores para intercederem com essa resolução. O problema é que o ossuário em fase final foi construído para ser coletivo e não individual.

Uma senhora que prefere omitir seu nome, disse que vai ficar tudo misturado e ela não quer isso para seus pais. “Eu quero individualizado, não aceito dessa forma”, desabafa a dona de casa.

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O atual sistema de ossuários no cemitério tem validade de cinco anos e cada uma é ocupada por sete restos mortais, independentes de família. De acordo com administrador do local, Eroci Alves ressalta o aluguel dos locais, como não tem ainda o ossuário para venda, o cemitério disponibiliza esse por cinco anos. Em contato com Eroci, o novo sistema de armazenamento se deve ao superlotamento do Cemitério.”Não temos mais espaços, essa é a única opção para desafogar o local até a construção de ossuários para venda”, explica o diretor.

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Consta no decreto emitido pela PMA, que após os cinco anos, o responsável pelos restos mortais deve providenciar outro local. De acordo com a Prefeitura foi construída 200 urnas para locação, com investimento de 86 mil, oriundo de recursos próprios.

A administração do espaço salienta que muitos familiares não comparecem após o prazo de cinco anos para retirada dos restos mortais, “Esperamos 30 dias, e os ossos são retirados”, explica Alves.

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Os restos mortais estão armazenados em um galpão, sendo que a construção do novo ossuário não vai suprir a demanda do espaço improvisado.

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De acordo com a administração do Cemitério o novo espaço servirá como alternativa até a construção de novos ossuários para venda. “Entendemos a preocupação destes familiares, mas está é a melhor solução existente até a construção de um novo cemitério”, finaliza Eroci Alves.