Seguindo orientação do seu Conselho de Representantes, a direção do Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul(UGEIRM), convocou a categoria para realizar uma grande paralisação nos dias 13 e 14 de novembro.
A mobilização é uma resposta ao duríssimo golpe que o governo do estado está desferindo aos policiais civis, através do seu Pacote do Retrocesso, segundo os dirigentes sindicais.
Ainda sob o impacto das medidas anunciadas, que reduzem salários, acaba com a Paridade e a Integralidade e, na prática, acaba com a Aposentadoria Policial, a direção da UGEIRM recebeu o anúncio do calendário de pagamento dos salários do mês de outubro.
Paralisação é um primeiro passo. O objetivo é paralisar as suas atividades, demonstrando à população o que o Pacote significa na verdade, que é a destruição dos serviços públicos e, particularmente, da Segurança Pública. Esse é um primeiro passo, para uma reação que pode chegar até mesmo a uma greve por tempo indeterminado.
O protesto acontece nos dias 13 e 14 de novembro, sendo que no dia 14, os Policiais se somarão ao movimento convocado pelo conjunto dos servidores públicos do estado.
Nesse mesmo dia, será realizado o anúncio de uma série de medidas que serão adotadas pela categoria, em resposta ao Pacote do Retrocesso. Entre essas medidas, estará em discussão a retomada da Operação Cumpra-se a Lei e o boicote do Programa Qualificar.
A realização de uma grande paralisação, que interrompa os serviços da Polícia Civil nestes dois dias em todo o estado, será o termômetro da capacidade da categoria para dar resposta ao verdadeiro desmonte da Polícia Civil que representa o Pacote do Governador Eduardo Leite. Somente uma grande mobilização fará o governo recuar.
Em Alegrete e região, a exemplo de manifestações promovidas pela categoria anteriormente, a maioria dos Policiais Civis vão aderir a paralisação.
A paralisação começará às 8 horas da manhã do dia 13 e se estenderá até às 18 horas do dia 14/11.
Conforme orientação, todos policiais devem comparecer aos locais de trabalho e se concentrarem na frente dos órgãos para dialogar e explicar à sociedade sobre os ataques a nossa carreira e a nossa família.
Não haverá circulação de viaturas. No Plantão, serão atendidas somente ocorrências policiais de Maria da Penha com pedido de medidas protetivas, crianças vítimas, homicídios, estupros, prisões e furto/roubo de veículos (não atender recuperação ou devolução de veículos). Casos de prisão em flagrante somente iniciar o procedimento após análise criteriosa da autoridade policial. Exigir a presença da autoridade policial em todos os atos do flagrante.
Os setores de investigação e Cartório paralisam suas atividades de rotinas como diligências externas, intimações, buscas e levantamento de locais.
Não haverá confecção de inquéritos e termos circunstanciados e nem remeter os feitos ao judiciário.
No dia 14 de novembro, está programada uma concentração em frente ao Palácio Piratini. Às 13 h 30 min, haverá o ato unificado dos servidores públicos.
Júlio Cesar Santos Fonte: UGEIRM