
Jean Cássio de Vargas, de 29 anos, foi baleado ao reagir a um roubo, dentro de um ônibus, no ano passado. Comunidade fez uma vaquinha para ajudá-lo.
Um policial que ficou paraplégico, ao ser baleado durante um assalto no ano passado, ganhou um carro adaptado em Porto Alegre após a comunidade realizar uma vaquinha. O veículo, que vai trazer independência e melhorar o deslocamento dele, foi entregue na quarta-feira (13).
“A comunidade fez todo um movimento. Um movimento de 10 dias para aquisição desse veículo, ou seja, um movimento muito rápido, o que demonstra esse envolvimento e reconhecimento das forças de segurança”, afirma o comandante da Brigada Militar 9ºBPM, tenente-coronel Luciano Moritz.
Jean Cássio de Vargas, de 29 anos, sempre quis ser policial, mas a carreira foi interrompida após levar dois tiros, num assalto a um ônibus, na esquina das avenidas Ipiranga e Erico Verissimo, na Capital. Ele estava a paisana e teria reagido.
“De repente, eu ouço aquelas pessoas gritando e eu olho e percebo que era um assalto. Sem pensar, eu já saquei a arma e fui na direção deles para abordar. Só que aí eu vim a tomar a pior, porque a minha arma falhou”, conta Jean.
Uma das balas se alojou na coluna e o policial ficou paraplégico. Quase um ano e meio depois, Jean faz fisioterapia e encara a vida com otimismo.
“Ainda não caiu [a ficha] na realidade. É um sonho realizado”, relata o policial.
Um grupo de pessoas se mobilizou para ajudar o policial.
“Hoje em dia todo mundo tem seus grupos de WhatsApp, 30, 50, 100 pessoas, e a gente não teve muita dificuldade de pedir um pouquinho de cada um, ninguém ajudou com fortunas”, conta o empresário Renato Kacman.
“A gente começou também internamente viabilizar desde a documentação para as isenções de impostos a qual ele é legível, até mesmo para viabilizar a compra por um valor menor que um valor convencional”, afirma o gerente operacional da concessionária, José Luiz Moreira.
Depois de tudo o que aconteceu, Jean tem planos para o futuro.
“Os planos é isso, tentar me encaixar em algum esporte, levar a vida, ficar perto da minha família, da minha esposa, tentar levar uma vida normal”, conta.