
Conhecido no meio artístico e tradicionalista como Cabo João, ele mantém vínculos permanentes com Alegrete, apesar de ter nascido fora do município.
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João Fontoura nasceu em 1968, em Esteio (RS), durante uma breve mudança de seus pais, Santa Eunice Fontoura e João de Oliveira Brandolt, para a região metropolitana de Porto Alegre. Ainda bebê, retornou com a família ao interior de Alegrete, no Passo da Picada, onde cresceu e iniciou sua vida escolar no colégio Januário da Fontoura.
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A infância e parte da adolescência foram vividas no Rincão da Palma, onde a convivência com a família Ferreira da Costa fortaleceu seus laços com a cultura tradicionalista. Aos 13 anos, passou a participar das atividades do CTG Farroupilha, integrando-se à tradição como ginete e posteriormente em modalidades como danças folclóricas, declamação e canto.
Foi nesse período que surgiu o apelido “Cabo João”, apelido dado na Estância do Guabejú. Aos 20 anos, durante uma apresentação na modalidade Gurupa, sofreu um acidente que o afastou das atividades campeiras, levando-o a direcionar-se para o campo artístico e da comunicação.
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A atuação como narrador de rodeios e apresentador de eventos resultou na entrada no rádio. No início dos anos 2000, após uma tentativa de permanência em Lisboa, Portugal, retornou a Alegrete e integrou a equipe da rádio Nativa FM. No comando do programa “Galpão do Cabo João”, alcançou índices locais de audiência expressivos.
O reconhecimento adquirido o motivou a disputar uma vaga no Legislativo Municipal em 2004. No mesmo ano, ingressou na graduação de História pela URCAMP e, após a formação, iniciou carreira como professor no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete.
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Entre 2009 e 2011, atuou como diretor de Cultura e Tradição na Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer. Em 2012, mudou-se para o Paraná, lecionando nas cidades de Palmas e Coronel Domingos Soares. O retorno a Alegrete, em 2016, marcou sua nomeação como diretor do Museu Oswaldo Aranha. Em 2017, além de lecionar no Colégio Raymundo Carvalho, iniciou participação na rádio Central FM, em Santiago, onde permaneceu por mais de quatro anos.
Desde 2022, João reside em Farroupilha, cidade para onde se mudou buscando maior proximidade com seu filho, Vicente Augusto. Na nova residência, passou a atuar como professor na Escola Municipal Nova Sardenha e a frequentar a Escola Pública de Música do município, aprimorando técnicas musicais e de produção.






Credenciado como produtor cultural, teve projetos aprovados pelas Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, com propostas voltadas à valorização da história musical gaúcha e das origens imigrantes. Além disso, retomou um projeto musical dos anos 1990, quando lançou os álbuns “Ser Um Homem do Campo” e “Motivos de Campo”, com composições autorais.
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Atualmente, organiza o espetáculo “Clássicos Regionais”, com apresentações previstas para maio no Estribo Hotel, em Santo Antônio da Patrulha, e junho na Casa de Cultura Teatro Pedro Parenti, em Caxias do Sul. O show contará com arranjos do maestro Rodrigo Ziliotto e abordará repertório regional, nacional e internacional.
A sessão “Por Onde Anda” destaca que, mesmo diante de mudanças geográficas e profissionais, João Fontoura mantém os vínculos com Alegrete e com a cultura tradicionalista. O percurso iniciado no Passo da Picada se ampliou em diferentes regiões do país, mas segue sustentado pelas raízes formadas no interior do município.