Prefeitura estuda decretar situação de emergência em razão da seca em Alegrete

Nesta quarta-feira (25), representantes de instituições ligadas ao setor primário do município estiveram reunidos com o secretário de Agricultura e Pecuária, Daniel Gindri, para avaliar os prejuízos causados pela estiagem em Alegrete.

No setor orizícola já existe uma diminuição da área plantada e as culturas de sequeiro como soja e milho já sofrem perdas drásticas pela falta de água.  A pecuária de corte, embora em um contexto de valorização de mercado, já estima impactos na terminação dos bovinos em decorrência do atraso no estabelecimento de pastagens e algumas áreas que nem foram implantadas ainda por falta de umidade no solo. Já a pecuária leiteira como a produção é ligada diretamente a oferta de alimento, que na sua maior proporção é volumoso, já sofre com perdas que se aproximam à 25%. Os hortigranjeiros tiveram perdas significativas de produção e atraso no desenvolvimento de plantas.

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A expectativa é que a precipitação prevista para os próximos dias diminua de maneira pontual o impacto da estiagem, pois já é certo que existem perdas estabelecidas e sem perspectivas de mudanças positivas. Além disso, a tendência é que o clima se mantenha seco, e com grande probabilidade de perdurar o período de estiagem nos meses de verão, o que é bem preocupante, já que é nos meses de janeiro e fevereiro que as plantas necessitam de maior quantidade de água, pois estarão em fase reprodutiva, e este déficit hídrico impactaria negativamente na produtividade.

O município deverá elaborar um Decreto de Situação de Emergência, ainda nesta quarta-feira, a exemplo dos demais 77 municípios do Estado que já decretaram, no intuito de acessar incentivos do governo Federal que poderão ser disponibilizados nos próximos meses.

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