Presídio de Alegrete: um depósito de gente

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“A realidade ainda é pior do que as pessoas imaginam”, esta foi a descrição que a Juíza Lilian deu para a atual situação do presídio de Alegrete, que possui uma média de 200 detentos, sendo que a capacidade máxima é para 81 pessoas.

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Em algumas celas 19 apenados dividem o mesmo espaço. A reportagem do Alegrete Tudo teve acesso a parte interna do local. Muitos presos reivindicavam coisas simples “Nós dá uma mão aí, queremos apenas um colchão para poder dormir”, pediam eles.

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Além da superlotação, o comprometimento da estrutura do prédio apresenta rachaduras por toda a parte, incluindo a guarita onde fica a Brigada Militar. Com esse contingente de apenados, a higiene deixa muito a desejar. A rede de esgoto não suporta um fluxo tão grande de detritos que corre a céu aberto.

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No regime fechado, 13 mulheres estão em uma única cela.

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Sem mais espaço, e estrutura física comprometida a solução tem sido transferir os apenados para outras cidades. Atualmente 60 homens foram levados para Uruguaiana. A intenção é mover mais 30 para a mesma cidade e 20 para São Francisco de Assis.

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O Governo Federal estabeleceu o prazo para início das obras do novo presídio até 30 de junho de 2015. “Agora dependo só do Estado, precisamos que no máximo em 03 meses uma empresa seja contratada e as obras tenham início imediatamente. Isso se não quisermos perder os 13 milhões de reais destinados para a construção”, afirmou Lilian Paula Franzmann, Juíza de Direito.

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