
As chamas iniciaram ainda pela manhã do dia 19 e se espalharam ao longo do dia, exigindo a mobilização de produtores locais para o combate ao fogo.
No início da noite, produtores da região se organizaram para conter as chamas, que percorreram aproximadamente 3 km pelos campos. Tiago Pontes, um dos voluntários que atuaram na ação, relatou que, apesar do controle inicial, um foco remanescente reacendeu o incêndio, prolongando os esforços de combate por quase 8 horas. Por volta das 2h30min da madrugada, o grupo conseguiu extinguir as chamas.
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Os moradores utilizaram baldes, pelegos molhados, tratores e máquinas agrícolas na tentativa de conter o fogo, que se intensificou ao longo da tarde e atingiu diretamente duas propriedades rurais na região. Um trator foi consumido pelas chamas, conforme levantamento inicial.
A produtora rural Ivanete Dambrós Petrocelli manifestou preocupação quanto à resposta dos órgãos públicos diante da emergência. Ela afirmou que, mesmo após solicitar apoio do Exército, do Corpo de Bombeiros e da Prefeitura, à noite, os trabalhadores enfrentaram a situação com os recursos disponíveis.
“O incêndio ameaçou casas, plantações e animais. Na madrugada, agimos por conta própria”, relatou a produtora.
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O Corpo de Bombeiros esteve no local durante o dia e atuou durante horas, assim como aeronaves agrícolas foram acionadas para conter o avanço das chamas. No entanto, algumas áreas do interior apresentam acesso dificultado devido às condições do terreno e ao peso dos caminhões de combate a incêndio. Além disso, as aeronaves não podem atuar no período noturno, o que restringe as opções de combate durante a madrugada. Nessas situações, ações como a criação de aceiros com tratores são medidas eficazes para impedir a propagação do fogo.
O episódio mobilizou a comunidade rural, que atuou ativamente na contenção das chamas, demonstrando organização e esforço coletivo diante da emergência.
Foto: Ivanete Dambrós Petroceli