Acusada teria praticado tortura física e psicológica em seis crianças, de 2 a 4 anos
Uma professora da creche municipal Dona Doralize, de Júlio de Castilhos, na Região Central, foi condenada a quatro anos e um mês de prisão, em regime semiaberto, por tortura física e psicológica a alunos de 2 a 4 anos.
A condenação foi dada pelo juiz Marco Luciano Wachter no último dia 4. Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, a professora Sílvia Braga Ferreira respondeu criminalmente por periclitação da vida e da saúde.
A denúncia, de 2008, consta que seis alunos foram submetidos a violência física e mental. Como forma de aplicar um castigo individual, a professora penalizava as crianças que a desobedeciam, utilizando pistola de cola quente e queimando os braços dos alunos. Ainda conforme a denúncia, ela ameaçava cortar a língua das crianças e encerrá-las em uma sala escura, ou ainda, colar a boca para que elas não contassem as ameaças aos pais.
As vítimas passaram por exame de corpo de delito, que comprovou queimaduras e cicatrizes de até 2,5 centímetros de comprimento. A professora foi afastada da escola na época.
Durante o interrogatório na Justiça, a ré negou as acusações e afirmou que as crianças também ficavam com outras professoras e todas usariam pistolas de cola quente. Ela declarou que qualquer criança poderia ter mexido no material e, assim, ficado ferida.
Os depoimentos das seis crianças também serviram para a acusação. O juiz considerou que as declarações estavam em total consonância, não havendo indícios de relatos fantasiosos.
A decisão foi dada em primeira instância e cabe recurso. A ré poderá apelar em liberdade.
Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA